terça-feira, 30 de setembro de 2014

ESPELHOS II

Deixei de olhar espelhos                             
Internet

Deixei de ouvir suas palavras
Magoadas, altivas, especiais

Fugi dos espelhos
Tirei de paredes e outros lugares
Todos os espelhos

E não fiquei indiferente
Como gostaria de ficar!

Me isolei em local
Onde se espelhava o mar

Olhei e me vi refletida
Nesse mar...

Mais um espelho que encontrei
Porquê?

Será que o mundo 
É feito de espelhos
Disfarçados, profanados
Na procura de lugar
Onde ficar

E depois nos vai escorraçar?

E me lembrei
Do espelho que olhei
E com ele conversei
E me disse

  "Tu não és Nada"!

E ele é quem?... 


Maria Luísa Adães

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30 Setembro, 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ESPELHO

Abri a janela                              
Internet

E ela se coloriu
De vermelho e amarelo

Uma luz perturbada
Ruídos e nuvens acabadas

Nada mudou
Dos sonhos de antigamente

Dormia em floresta cansada
Isolada da luz do sol
Fechada à súplica de quem amava

Olhei o espelho do salão
Contei o que vi na janela

E ele me respondeu
Com sinceridade nunca usada

    "Tu não és nada"


Maria Luísa Adães


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24/ Setº. 2014

Como uma Saga (espelho de feitiço)
eu vou continuar a falar
por mim e por ele e talvez... 
me torne Amiga dele!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

E SONHO

Frente à passagem do tempo             
Internet

Eu não estou serena
E temo esse tempo

Sei que o canto é tudo
As lágrimas são nada
Eu sou sombra transformada

Sonho, tantas vezes sonho
E antecipo minha visão
Nesses sonhos

A palavra é sempre
Um elemento de jogo ancestral
Clara, louca e perfeita

Com a palavra o poeta
Joga, brinca, chora, ama
Se deslumbra ou se mata

A vida se tornou num jogo
Indecifrável
Os meninos carregam às costas
Todo o mal do mundo

O último amor perdido
Os homens tocam a terra
Como deusa de desengano

Apenas no pano verde
E nas luzes cintilantes
Há um vislumbre de alegria

E o homem sonâmbulo
Diz de quando em quando

Façam o jogo, meus Senhores!...


Maria Luísa Adães


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12/Setembro/2014


terça-feira, 2 de setembro de 2014

ILUSÃO

Te encontrei um dia                                             
Internet

Me encantei por ti
Por tudo o que não dizias

E no tempo a passar
Eu fui a ilusão
Que tu não pressentias

Talvez fosse um contraste
Mal entendido
Um tempo gravado
No próprio tempo

Espero pela alvorada
Espero que o longe fique azul
E troco minha existência

Atravesso o Oceano
Infrinjo todas as regras
Canto todos os cantos
Sem saber cantar

Entro no palco das nuvens
Represento a minha vida
E volto de novo sem voltar

Mas fui a Ilusão
Que nunca esperaste
Encontrar!

Aquela
Que nunca soubeste amar
A que canta sem saber cantar

E nos afastamos sem dizer
E não voltamos sem saber
Quanta ilusão se escreveu

Mas se eu voltei
Foi por nunca ter partido!...


Maria Luísa Adães




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2 /Setembro de 2014