quinta-feira, 25 de abril de 2013

Peregrino

Solitário é meu sentir       
Internet

E eu quero essa solidão
E esse sentir

E aos poucos vou perdendo
E deixando de ver
O caminho a percorrer.

Será que cheguei
À meta Final?

Me humilhei milhentas vezes
Nas cordilheiras de muitas mentes

E assim fui peregrina
Dos prantos que não foram meus.

E as nuvens sobem
Aparecem e desaparecem
São livres de olhares nebulosos

E meu amor se vai perdendo de mim
Como a vida se vai afastando e caindo

Como as pétalas das rosas
Vão morrendo

Como o silêncio vai descendo
E as folhas envelhecendo

E a noite se instala
Sem desejos de partir...

Sabes que te amo
E por vezes te esqueço
E torno a lembrar
E corro para ti
E te prendo em meus braços
Na minha sensualidade, só minha

Mas...
Dar sentido às palavras
É essa a minha última Oração!

Perfeita eu tentei ser,
Mas vou partir ou já parti
E me esqueci de ti!


Maria Luísa Adães

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eu Quero Voar

Eu sinto             
Internet


A alegria do amanhecer

Eu ouço

Os pequenos insetos
Fecundando a vida

Eu canto

Canções dolentes
Nas tardes quentes

Eu amo

O vento
O mar
O verde de mil tons
A voz de alguém
Distante...
                                                                                   
                                                                                        



Eu quero

Sonhar
Acompanhar
Viver
Sentir
O teu adormecer...


Eu espero

Ser alegre
Viva e forte
Como tu és...

E saber sempre
Nunca esquecer
O meu lugar...

E voar

Nas asas do Teu vento!...


E nada mais quero
E nada mais peço
Apenas isso eu peço!
          Maria Luísa

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Memórias

E uma ânsia constante       
Facebook/ Foto de Ars Europa
Firenze/ Italy

Sempre existiu em mim.

Algures pelo caminho
Largaste minha mão.

Depois de tanto tempo
Depois de tanta dor
Tu voltaste e te reconheci

E gostei!

Eu me lembrei de tua partida
Eu me lembrei da tua luta pela vida
E dizeres, quero falar-te!

A porta se abriu e tu entraste
Olhaste os retratos que deixaste
E choraste.

Sensual e ardente
Este desejo de ti
Onde o pranto se espraia
Onde teu corpo descansa
E tua alma se prende.

Mas talvez não sejas como eu
E não sintas como eu sinto
E nada tenhas a dizer do que vive em ti

Se tu não és o passado
Nem o presente em mim
Eu busquei o caminho e sonhei o encontro...

Procuro no céu a cor do girassol
E sinto a chuva nas figuras distorcidas
Nas árvores que continuam vivas.

Eu entrei sem entrar
Te vi sem olhar
E representei sem pensar!

Senhor que fiz na vida
Representei ou sonhei?...

Que me tornei num poeta
Que tinha nascido
E nunca nasceu!


Maria Luísa Adães

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Beijos

Há beijos sem palavras                               
Facebook/A World of Flowers for you

Beijos que cheiram à maresia do mar
Beijos que cheiram às flores
De bosques escondidos e escolhidos

Beijos que trazem o Paraíso
Inundados de ternura e amor

Beijos de duas bocas que se entendem
E se amam e gostam de beijar!

Há beijos que não simbolizam nada
Amargos como Fel-da-terra
E não são pedidos nem desejados
E beijam com crueldade

Beijos que traduzem perfídia
E não pertencem ao mar
Às flores dos bosques
Ao firmamento das estrelas

E trazem os medos
Que impedem de sonhar
E esmagam as rosas devagar.

E não conversaremos mais
Dessa origem selvagem
De sombras maldosas
E de montros tenebrosos.

Voltemos aos beijos de amor
De duas bocas que se entendem
E se Amam e gostam de beijar

Desprendidos da terra e do mar
Beijam com fervor
Num hino de amor.

Benditos sejam esses beijos
Quando a floresta delira
E o fogo alastra

E eu me perco no caminho!

Maria Luísa