quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Oferta de La Gata Coqueta

Oferta do blogs http://lagatacoqueta.blogspot.com/

Recebi uma flor...

Uma amiga pensou
Olhou as estrelas
E os astros
Nos seus contrastes
E com sua arte criou.

Eu a recebi
E fiquei com ela
Sensitiva , tocada
Como poeta que sou!

Maria luísa

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Contra-senso

Internet/ Salvador Dalí
Há quem tenha alma
Há quem não acredite na alma.

Há quem tenha mistério
Há quem não acredite no mistério.

Há quem seja sempre igual
E desleal.

Há quem goste do silêncio
E acredite no silêncio.

Eu acredito em tudo,
Mas prefiro o contra-senso.

Há outra lua
Outras estrelas
Outras almas
Outros fantasmas.

Tudo é diferente,
Mas igual ao mesmo tempo.

E há outros poetas
Outras idéias
Outras misérias
Outros pensamentos
Também...

E lá no fundo
Há coisas por trazer
Há coisas por julgar
Há amantes que não sabem amar...

Ó minha noite que nasceste no mar
Onde vou ficar?

Maria Luísa

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prelúdios I/ II/ III/ IV/ V

Internet

  
As crianças ricas
As piscinas cheias.

Sonham sonhos
E vivem vidas
Que não são delas.

E a multidão grita
Exulta
Estremece
Brinca
Ri e chora.

É um mundo fora do outro mundo
Silêncio...
São símbolos e enigmas.


Maria Luísa


O meu pensamento sobe
A minha alma se desprende
Meus pés acentes na terra quente.

Esquálida e fria eu sou
Casas, jardins, árvores,
Água
E ainda caminho morrendo...

M. Luísa


Eu não posso escrever
Deixei de poder cantar
Deixei de falar de mim.

Eu já não existo em mim
E continuo a amar
E continuo a lutar.

Tão escondida estou do mundo
Quando devia ser tão conhecida!

M. Luísa


Sou tão pobre de versos e melodias!

Meu corpo cedeu
Fez-se o silêncio à minha volta
Não posso mudar as águas do mar.

Fico ao teu lado!

M. Luísa

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Quando te leio...

Internet/ Salvador Dalí
Quando te leio
Me apetece escrever
Dizer da minha dor
E do meu entardecer.

Quando te leio
Sei quem sou
Naquele caminho
Que já não posso percorrer.

Quando te leio
Ressuscita minha dor
Como se ela não estivesse presente
E viva, no mais simples momento.

Quando te leio
Não posso decidir de minha vida
Pois sei, não poder voltar ao que fui
Nem poder esquecer-te
E prefiro morrer.

E o viver
Não deixa de ser dor
E o morrer
E o amor
Não deixa de ser dor.

Sou sempre um pouco menos
do que pensava ser!

Maria Luísa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ser Poeta



As palmeiras rodopiam com o vento
O vento é agreste e grita
Apanha as vozes que encontra
Espalhadas no tempo.

Só o poeta canta e entende o vento!

O poeta não tem tempo,
Mas tu podes ler a bola de cristal
Que te engana
Ao contar o teu ideal.

O vento grita,
Junto-me a ele e grito a minha dor.

Me aproximo do mundo
Me aproximo do sofrimento
E das multidões dispersas
E dos excluídos dos excluídos.

E o vento grita sempre!

Me lanço no espaço
E me perco nesse espaço
E junto meu grito
Ao grito dos que sofrem
Vivos ou mortos.

E o vento me entende
Não há gente que me entenda
E se me basta o que tenho...
Não sou poeta!

Maria Luísa