quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E disse adeus...

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Afastei-me dos lugares que amei
E disse adeus...

Aromas
Sons
Cores
Caminho
Família
E os amigos
Que nunca encontrei.

E acabei por amar outras terras
E outros lugares
Troquei minha vida
Por ti
E disse adeus
Ao outro adeus
E minha exixtência se tornou num adeus.

Não há dúvidas que morri
Há tantas formas de morrer.

E comecei a gostar da solidão
E comecei a gostar da minha sombra
E comecei a gostar das outras sombras.

Mas em cada caminho me acorrentei
E ao teu amor me entreguei.

E enquanto te amei
Tudo esqueci.

Sensual e mística
Caminhei voluptuosa
De forma sinuosa
Nas asas do teu vento.

Gostei do teu abrigo
Da tua música ao entardecer
Dos teus beijos únicos...
E tu sabes beijar!

E com o adeus
Sempre presente
A recordar
O primeiro adeus.

Te amo!

Maria Luísa Adães

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

INFINITO...



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  Olho o Infinito austero
  Que se mostra
  E se esconde na imensidade.

Se veste de mistério
E vive como mistério.

Fugidio e imponente
Envia para a terra
As coisas incertas.

Enlouquece pessoas e coisas
E nunca se conhece
E eu vejo linhas geométricas.

Só isso se vê!...

Procuro a linha
Que não foi descoberta
As partículas incertas
E as escritas
No buraco vazio.

Não vejo nada
E o que vejo não é verdadeiro!

Desiquilibra-me
No equilíbrio do que sou.

E talvez nunca lamente
A partida.

Tantas coisas que não viram
Meus olhos
Tantas coisas que não ouviram
Meus sentidos.

E gostava de ter visto
E ouvido
E sentido
E amado.

Montanhas azuis escuras
Verdade
Azuis escuras.

Não há planície
Nem doçura
Não há.

Mas ao longe
O mar murmura...

Maria Luísa Adães

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Apenas tu!...

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 Apenas tu existes
No meu dizer de poeta
Apenas tu me chamas de poeta
Apenas tu sabes que sou poeta
Apenas tu...e ninguém mais.

Só a hora da solidão
Para a inquietação do poeta.

Só a hora do amor
Para o desabrochar do poeta.

Só as horas lentas e caladas
Representam o poeta.

Tudo o resto é fantasia
Representada nas horas incertas.

Assimilar as horas
Não abrir as cartas
Não ler o diário
Perseguir sonhos de outras eras
Roubados na terra.

Pelos que sendo poetas
Se deixam perder
Nos sonhos sonhados
E nunca encontrados
No mistério da vida.

Só tu existes
No meu dizer de poeta
Só tu és o inatingível
Nas horas derradeiras.

Frágil como as sombras
No declínio do amor
No clamor sem eco
Nos sons do universo.


Maria Luísa Adães