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Desnuda de pesares...
O que vestia
Era o vento da solidão
Numa outra versão?
Eram os homens da pesca
E a neblina de vozes de areia?
O mar está brando
Murmura segredos
Fala de morte
E de barcos sem norte.
Deus paira nas águas
Não há horizonte ao longe
O tempo se move e se dissolve...
Te procuro como tu foste
E não te encontro na procura,
Tudo mudou num instante.
A terra e o mar que conheci
Não existe mais...
É tudo silêncio horizontal.
Não vais voltar para mim
Sei que não vais!...
Mas insisto na procura de ti
E a despedida não me encanta
E esse adeus rápido e brando
Tem de ser de outra maneira.
Deus não fechou Seus dedos
Por isso te procuro
E quero desfazer
O que digo em horas mortas...
Não vais voltar para mim
Sei que não vais!...
55 comentários:
Hermoso poema. Besos
Un poema muy hermoso querida amiga aunque con un contenido triste bello sentir.
Besos que tengas una linda semana.
Tens imagens lindíssimas neste poema, Maria Luísa! Curiosamente faz-me lembrar um poema experimental que eu construí no domingo à noite e que publicarei amanhã. Mas depois te direi porque é que o considero "experimental", agora quero falar da tua Procura.
Sabes o que me transmites com este poema? A ideia de uma mulher de pescador que, na praia, aguarda o marido que saiu para a faina... ela apercebe-se de que ele não virá, mas não aceita e argumenta que "esse adeus rápido e brando/tem de ser de outra maneira".
Gostei muito!
Abraço grande!
Olá, Maria Luisa!
Está lindamente construído este cenário pesado, triste, onde a acção decorre: a sugerir perda, morte gente perdida,em contraste com a determinação dessa mulher que, apesar de tudo, não desiste.
Beijinhos.
Vitor
E que importa sua volta, se estais aqui, e o amor impedi de ir.
Lindo amor que aguarda, como quem vem do mar essa amar desiludido.
abraços.
Pekenasutopias
Lindamente retratado, o que o poema pretende representar.
Obrigada,
Maria Luísa
vitorchuvashortstories
"Muito bem analisado", o cenário triste e pesado onde a mulher
não aceita o adeus rápido e brando.
Pois ela ainda acredita, e quer desfazer o que diz em horas mortas...
Muito obrigada e um abraço,
Maria Luísa
O amor há-de se procurar sempre.
Beijo
Um belo poema de inquietação, melancolia de uma procura que parece infinita,mas que se embeleza na arte poetica de quem sabe fazer bonito.
Parabens Luisa.Bela arte de Dali na ilustração.
Meu terno abraço de paz e luz.
hermoso, bello,
con un tinte de tristeza,
pero de gran fuerza a la vez,
ella no se da por vencida, el amor nunca se da por vencido,
un abrazo fuerte, hermosa composición
Mais um excelente poema em que se sente a alma palpitar. Beijinhos
“O remador”
Nosso barco anda à deriva
Muito estranho está o mar
Das vagas não há esquiva
Só vejo um otário a remar
Rema com toda a energia
Mas retiram-lhe o sustento
Há muito tempo não se via
Remar só com este alimento
Tanto remar deixou exausto
Este nosso remador solitário
Não rema, ficou esclerosado
Para mantermos nosso fausto
Quem contribuirá pr’o erário?
Outro remador seja encontrado.
Um poema musical e sonoro como o vento canta ao mar. Um abraço, Yayá.
Hola amiga buenos días, con un cielo azul intenso precioso que invita a dar abrazos a todos los amigos y hasta los no amigos...
Seguiremos caminando para continuar cultivando la amistad.
Te deseo un hermoso día colmado de estrellas.
Marí
beleza de poemas teus
belos mares
e sonhos Deus...
feliz dia Luisa
acabei de fazer uma avaliação
e passei na que fizemos
a semana passada...contente
joca
"Não vais voltar para mim
Sei que não vais!...
Mas apesar das dificuldades, continua a lutar e a acreditar que um dia vai deixar de dizer, esse
sentir de desencanto.
Triste, cruel, mas belo!
MC
Olá Maria Luisa bom dia, olha só tem confusão nos concursos quando o administrador permite, tem que ter jogo de cintura :-)Olá sou a Lindalva da Ilha e administradora do Ostra da Poesia e teu voto foi computado com sucesso no Pena de Ouro. beijos
Minha querida
Como sempre dos teus dedos caiem lágrimas e beleza, porque na melancolia também moram palavras belas, e és poeta.
O poeta beija a noite...chora e canta os amores
Em prosa e em versos...grita aos céus as suas mágoas
Uma prece em silêncio...chora em segredo todas as dores
O vento açoita-lhe a alma...o mar guarda-lhe as lágrimas
Deixo-te um beijinho carinhoso
Rosa
bela noite pra ti Luisa
~_~
Rosa
Lindos teus versos aos meus versos.
As melhoras Poeta e que Deus te
abençoe.
Um beijo e obrigada pelos versos e
pela tua presença querida.
Maria Luísa
Jabei
Parabéns por teres passado na tua
avaliação e nas inúmeras vezes,
que passas por todos os versos que escrevo, nos vários lugares, onde eu possa estar.
Bom amigo, um abraço,
Maria Luísa
“Festival Sagres”
Gregos expurgam a crise
Com saxofone e Neruda
Então alguém que analise
Para concluir se isso ajuda
Se o resultado fôr positivo
Aplicá-lo-emos em Portugal
Declama-se poeta no activo
E faz-se um grande festival
Que animará a economia
E para melhorar o resultado
Sem ser à custa de milagres
Divulga-se na rádio telefonia
Este grande evento planeado
Com o patrocínio da Sagres.
“A bússola”
Pr’a quem quiser ajudar
Eu cá estou a publicar
Fazemo-nos ao alto mar
Não basta que saiba remar
Convém que saiba nadar
Ou um colete deve usar
Para que se possa salvar
Não vá a barcaça afundar
Aos que em terra vão ficar
Um conselho vos vou dar
O melhor será não esperar
Pl’a hora do nosso regressar
Não sei se nos iremos orientar
Pois pode a bússola avariar.
Versos salpicados de olas, vientos, aromas, amor y esperanza.
Felicitaciones.
Nada mais belo e sereno que deitar sob a natureza,,observar toda sua plenitude e beleza,,,se entregar ao olhar da poesia...grande beijo de lindo dia pra ti amiga querida...quanto a ser padrinho do blog...será uma imensa honra...
Vim até ao 7degraus, depois de passar pelo Prémios.
Este teu poema é muito bonito, Maria Luísa! Cheguei à conclusão de que todos nós temos temas preferenciais nos quais "funcionamos" melhor do que nos restantes... penso que ambas confluímos para o Mar, amiga...
Até já! Tenho tudo atrasadíssimo... mais ainda do que nos outros dias...
Facundo Cabral está numa pequena homenagem no :
http://premios-prosa-poetica.blogs.sapo.pt
Agradeço,
Maria Luísa
Querida Maria Luísa,
Maravilhoso poema
Queremos deixar um grande abraço e beijinhos
Com carinho de
Verena e Bichinhos
Olá!
Obrigada pela visita e por suas belas palavras....
Muito lindo o seu espaço..
Faço pousada por aqui.
Bjs, ótima tarde
Maria Luisa
Que belo soneto!... Nem sabes escrever mal, é certo, no entanto terás de convir: há os gostos pessoais do leitor. No caso sempre aprecia o modo como fotmulas a tua poesia.
Beijos
Bonito poema, amiga.
beijo
María Luisa , gracias por sus visitas y ese hermoso poema que nos deja, hablando del mar que guarda tantos secretos de amor y desamor.
Le dejo mi correo y le mandaré los premios que no encuentra
sorceciliacodina@hotmail.com
Con ternura
Sor.Cecilia
Cuando a las cumbre veas llegar la borrasca abre las ventanas y la luz del arco iris dispersará las dudas que puedan estar pobladas de sombras...
Feliz fin semana para que el cuerpo descanse con premura. Es mi deseo como cada semana, para el amig@ que siempre tiene esa palabra afable para endulzar los sentimientos que reposan en el interior del alma...
Un adiós y hasta el primer instante que me sea posible volver a abrir el marco virtual que alberga la amistad del universo.
(Desde hoy he empezando a festejar mi santo y me apetece compartirlo contigo..)
Siempre tuya...
María del Carmen
Outro belo poema, querida amiga.
Adorei!
Consigo sentir ao longe as vozes, quando encosto a cabeça na areia da tua praia...não sei do que falam...fantasio e adormeço...
Beijos com ternura
Margarida
“Feijão com couves”
Ministro das finanças explica
Mas a gente é que não entende
Castigo que sobre nós pende
Pensarão que a malta é rica?
Eu cá nunca andei a roubar
Estou-me a sentir assaltado
Pela voracidade deste estado
Não poderão também poupar?
Tenho uma receita simples
Podes aplicá-la, não me ouves?
Se não há para bife da vazia
Cortem nos vossos requintes
E comam feijão com couves
A ver se a carga fiscal alivia.
Porque será que a nossa vida é uma constante Procura?
Começo a apaixonar-me pelos teus poemas porque sempre encontro versos que parecem ter sido escritos para mim..." O que vestia era o vento da solidão" "Te procuro como tu foste/ E não te encontro na procura" "Não vais voltar para mim/Sei que não vais!..." Deus não fechou os seus dedos/ Por isso te procuro"
Vestiste a minha alma e versejas como eu não sou capaz de o fazer mas, sinto cada palavra tua.
Obrigada.
Beijo
Graça
Nem sempre os pressentimentos dão certo...
Saudações amigas!
Vieira Calado
Verdade,
"Nem sempre os pressentimentos dão certos"...Nem sempre!...
Obrigada,
Maria Luísa
Um belo final de semana pra ti amiga,,,poesia e paz sempre...beijos e beijos.
“Ergue-te Zé”
Ai coitadinho do Zé Povinho
Jaz quase morto, esticadinho
Nas vielas dum triste caminho
Ergue-te Zé, não sejas tolinho
Anda aqui beber um copinho
Este brota directo do jarrinho
Vai do branco ou do tintinho?
Qualquer um te faz rosadinho
Quanto estiveres bem regadinho
Faz-lhes aquele gesto perfeitinho
Irão perceber num instantinho
Que o nosso manguito é potente
Pensarão duas vezes certamente
Antes que se metam com a gente.
Gostei muito deste seu poema
(eu que não sendo poeta, amo
a poesia).
Beijinho e bom fim de semana.
Irene
Apreciada poeta, en A Viva Voz www.juliodiaz-escamilla.blogspot.com he dejado un homenaje a tu poética y amistad.
Un abrazo.
Deja que sólo el mar
te susurre la respuesta.
No cierres la ventana a la brisa
conserva la palabra
no borres la huella del sendero
olvida la impaciencia.
Deja que sólo el mar
te susurre la respuesta.
Beijos e uma gardénia pra você
Maria Luisa
É verdade
Mas na mistura...
De poesia,
de prosa,
de dúvida,
de amor,
de dor,
de sofrimento,
de clamor,
de Luz,
Temos a certeza que temos Amor e Vida.
Para si um beijinho muito grande.
Sei que sim,que voltei
E não me defraudei
Por aqui tão somente como deixei
Uma constante procura
Da aurora
Da ternura
Beijo
O mar como uma analogia do mundo escondendo suas sujeiras, mas Deus tudo observa e nem precisa ser Deus são olhos humanos.
O poema, maravilhoso, lindo demais, bjs
Olá querida poeta!
Que belo poema,
só quem sentiu o amor,
e provou da sua desilusão,
pode saber o que estes belos versos
querem dizer...
Lindo, amei seu blog
Admiro muito os poetas portugueses,
e a forma leve, delicada como escrevem...
Beijos
Ana
linda amiga,
e o que levamos em nossa procura de solidão?..
murmúrios e rumos..
sempre intensos versos.
adoro! e adoro-te..
beijos perfumados.
“Que stress”
Os festivais de Verão
Esgotaram a lotação
Por causa da crise, não?
Sim, é pr’abanar o melão
Que o melão abanado
Acaba menos fatigado
Não são festivais de fado
São de rock bem pesado
Que o pessoal enrascado
Curte lá um bom bocado
Esquece o ano stressante
Daquela busca incessante
Pelo job bem remunerado
Onde se trabalhe sentado.
passou-me ao lado
"e o que vestia
era o vento da solidão
numa outra versão..."
brinco
e um grande xoxo pra ti
bela semana...~_~
e fiz
o que não
irrrrra...
jocas
mas tem uma esperança de teimosia...
Tudo muito bonito por aqui.
Seguindo-te
beijos azuis
Un poema bien maduro, como sólo tú sabes escribir.
Pd: Gracias por tu comentario en el Post "1" de Observando Cine Peruano. Admiro tu forma de análisis.
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