quarta-feira, 2 de abril de 2008

QUARTA CARTA


Nestas cartas tento desnudar o coração e dar a minha verdade, a todos quantos me lerem.
Continuo na aventura de escrever e dizer como um triunfo da minha alma, ou um desespero que tudo me pertence e tudo quanto digo – é meu!
As críticas e as suas interferências não matam o meu espírito, não me tiram a vontade de cantar e dançar.
- Percebes pequena criatura?
Todo o meu corpo gesticulado e as minhas mãos que falam, te dizem quem eu sou!
Interessa-me escrever e não obedecer às tuas ordens, maldosas e supérfluas. É tudo.
Assunto acabado! Sem ressentimentos!
Vou continuar à minha maneira e não, à tua!
E tu se me leres…Tu se me leres? Pergunto eu…mas isto traduz falta de firmeza no que se escreve! Mas eu, sinto-me firme na única coisa que gosto de fazer – Escrever –!
E dentro dessa firmeza eu vou continuar o meu diálogo contigo, ignorando a tua crítica!
É necessária coragem para usar a magia simbólica da escrita! És o meu inimigo – eu sei!
Mas vou tratar-te, como Amigo e vou ser sincera…sem a chamada sinceridade, não há amigos! Tu sabes desta verdade – mas não és assim, como digo…não és!
Pensei sempre em ti, mas o que escrevo é diferente do que conheceste em mim…!

Pergunto:

- Fiz tudo quanto me foi dado fazer? Daí o obstáculo que arrasto e ao qual não sei
Responder...
- Cai nos tropeços do caminho, por acreditar!
- Fragilizo a minha batalha, por confiar!
- Perco as minhas unidades de defesa e fico isolada num campo imenso!
- Não espero a compreensão dos exaltados, ansiosos por esgrimir!
- Afasto-me do mundo – sem rancor, mas com mágoa!
- Aproximo-me de mim e crio um espaço invisível, onde vou esperar!
- Espero, mas não regresso – e Quero Regressar!
- Procuro o meu jardim, onde chegam os clarões desta cidade!
- Contemplo as flores…de várias cores…plantadas por mim!
- Encontro a beleza dos meus sonhos e a frieza dos meus pesadelos!
- Ensina-me a perdoar…e a saber viver desse perdão!
- Ajuda-me a chorar…e o meu olhar lavado, se torne mais vivo, até chegar à alegria e ao riso!
- Vivo? Do verbo viver? Sim! Do verbo Viver!
- Ouço a cadência rítmica de” KITARO”… vibra em todo o meu ser e não esqueço os que me amam, nesta Terra que me foi oferecida, para VIVER!

Assim termino esta carta.

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