quarta-feira, 9 de abril de 2008

OITAVA CARTA


Meu Amigo

A nossa festa acabou, mas deixa-me dizer-te, uma vez mais: trazias pedaços de luar nos Teus cabelos dourados e o Teu corpo, macio e brando entregava-se com quebranto e langor … Mas não parecias Tu …
Com essa forma subtil de amar!

Tudo terminou em cânticos de luz e de louvor!

Recordo o banquete, preparado por mim … aquele sabor ao néctar puro das abelhas – sem misturas –
Apenas os favos amarelos – alvéolos trabalhados com fervor – e os vinhos nos seus tons dourados e rosa, as flores perfumadas, ao longo do caminho … Tudo tão simples ao longo desta vida, nunca antes contada.

Mas a simplicidade, não é o meu atributo maior … Nada pode mudar neste meu Eu invulgar e vou continuar como sou – eu sei!

Perguntas se sou adepta do Paganismo?
Não sou!
Sou crente em DEUS … Sem esquecer o Filho!

Sentes como sou? Entendes-me? Acreditas em mim? Tornamos tudo mais fácil, na forma Poética de dizer.

Quando for possível – arranjo outra festa e convido mais gente.
E despida de modas e trajes complicados … Vou como em passerelle mostrar como sou e o meu costureiro mostra o meu corpo despido de fantasias e faço disso – o meu modelo – como escrevo os meus versos ou a minha prosa. É uma representação abstracta … Como um quadro pintado que só os críticos sentem, saber definir.

Jogo xadrez – agrada-me essa espécie de jogo – apreciada por tão poucos –, mas sinto-me bem no meu mundo, escrevendo com amor – gosto, por vezes, das coisas, lugares e pessoas de quem os outros não gostam. Escrevo para Todos e ainda mais, para aqueles que não querem ou não podem, entender – mas não o confessam!

Olho as figuras para a próxima jogada e lembro o meu Livro “Os 7 Degraus”, onde me foi mostrado o verdadeiro caminho e me deram a Luz quando as trevas desceram e me taparam, como se fosse NADA.
E fiquei sem ver … apenas cintilavam as figuras e eu apercebia-me que Elas ensinavam a vencer,a ganhar o Primeiro Lugar – ou quem sabe? O Último Lugar …

O teor desta Carta fala de tantas coisas, contadas por mim e por Ti. As Tuas, são as mais belas …
Intimistas e abstractas – quem dá por Elas? Os que passam e não lêem? E ainda, aqueles QUE NÃO PASSAM … Esses são os mais fáceis. Nada têm a dizer …

Admiro-Te com ternura, pela Tua solidão – Só Tua … E me deixares compartilhar o Teu estar.

Não estou mais só … Tenho-Te e escrevo por Ti … Apenas por Ti!

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