Renasço de cinzas De rosas queimadas De fogo ateado Nas árvores dispersas. Elas cobrem Nosso espaço de amor Pintado de mil cores Pelas minhas fantasias de poeta
Eu olho sem saber quem sou Sem saber quem procuro Sem saber onde vou
E desço uma vez única Para escrever meus versos E dar a conhecer O caminho de regresso Tu descansas dos jogos de amor Ensinados por mim Aprendidos a primor Por ti...
Importa é que volto desnuda E me visto de Esperança Como Deusa que sou
E volto por ti, Apenas por ti eu volto Meu único amor! Maria Luísa Adães
Num caminho de adeuses Me transcendo quando escrevo E me lembro do tempo e da Ilha Estou fora sem tempo Meu espírito se ressentiu E meu corpo me abandonou Horas dolorosas Emoções silenciosas Horas fora do tempo. Venho de dentro de maravilhas E me encontro num desencontro E não tenho mais despedidas Horas dolorosas Emoções silenciosas
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Horas sem tempo. Caminho nas cachoeiras límpidas e cantantes Amo as flores e o canto E esta dor constante É apenas minha... Há uma força que me prende Um som de vida De ventura e de encanto Tão longe estou desse tempo E morro fora do meu tempo! Quem vem ao meu encontro? Maria Luísa Adães Do livro a publicar em 2014 "PALAVRAS e CAMINHOS"
No silêncio quente do meio-dia No excêntrico de meu sentir Quando minha alma se espraia E meu amor toca levemente Com seu dizer subtil e lento E pelas minhas mãos esbeltas Desenho linhas geométricas De um amor ainda por nascer Escolho o caminho Apenas escolho o caminho No entardecer subtil e manso Quando o silêncio entra E o amo Despida e leve Serena e simples Sem perguntas! Não te vejo Apenas te sinto em mim E tudo é lasso Na apatia de um abraço De caminhos percorridos Na distância de uma vida E nas flores nascidas Dessa vida Te amei ao longe Sem reconhecer quem és Te sonhei Te defendi Te beijei E nunca falei E jamais entendi o silêncio E sempre amei o que não entendi Foi assim que vivi Escolhi o que senti e não perdi E envolvida no silêncio Sem harpa nem acorde Cantei!... Maria Luísa Adães Visualizações : 115