Quantos vêm na procura da ilusão Quantos se encantam nessa ilusão Quanto se retratam de forma ambígua Quantos se mostram como não são.
Quantos falam de alegrias sonhadas Quantos falam de vidas amarguradas Quantos suplicam a magia tolerada Quantos repudiam a crueza encontrada.
Quantos aconselham e outros aceitam Quantos se deleitam no canto que embala Das desilusões desfeitas e queimadas E dizem coisas que não sentem e mentem.
Quanto o encontro da palavra não é fácil E as tornar banais à força de as usar Nem pensar E as intelectualizar, muito menos.
Elas caminham em segredo Sem qualquer medo E se deixam apanhar.
Tanta coisa que não ouviu E devia ter ouvido e sentido Não por mim, mas por ti.
O triste é verdadeiro Misterioso e sublime Quando entra no Passado E caminha estradas do Presente.
Deixa que estas palavras se fixem no Espaço Ultrapassem pensamentos Nebulosos e mundanos E eu possa ter a alegria imensa de viver...