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Elas se espalham
Na forma como toco.
Ficam suspensas e inertes
Como as muitas lágrimas
Que não chegam a caír.
Sou tão pobre de palavras
Esbatida na árvore sem folhas
Do meu entardecer.
Atravessei o Oceano
Infringi todas as regras
Cantei todos os cantos.
E não te vi
E não tive repouso
Em nenhuma praia.
Podes ajudar-me a perceber
O meu último erro?
E fomos diferentes de todos
Na loucura em que vivemos,
Mas houve um erro...eu sei...
E assim, rasguei meus versos
Varri meu nome.
As lágrimas fervem
E eu estou desprovida de apegos
E quero solidão!...
Maria Luísa
26 comentários:
Olá querida amiga, mais um maravilhoso poema com que sempre nos presenteia. Solidão uma das piores mazelas da alma. Adorei. Beijos com carinho
Não gosto da solidão
Porque desde tenra idade
Deixou no meu coração
As marcas duma saudade.
Lindo poema!!!
Passei para deixar-te um abraço e desejar-lhe um dia abençoado.
Agradeço a presença de rosa-branca e Imac by Artes.
Maria Luísa
Muitos de nós querem e precisam de solidão, amiga, eu sei...
Erros? Quem os não cometeu? São muito bem-vindos, os erros, à análise serena das pessoas que ultrapassaram o meio-século de vida...
Um grande abraço para ti!
Mª. João
Grata por tua imensa amizade!
Verdade, passou meio-século e um pouco mais.
Abraço,
M.L.
Maria Luísa,serão as lágrimas suspensas, novos pedaços de luz?Belíssima esta sua revisão de vida...Um abraço.
Tita
Tu vês assim desse jeito as lágrimas suspensas?
Aceito essa tua visão!
Um beijo,
Mº. L.
E de repente a solidão povoa-nos.
Beijo meu.
Luísa, boa noite!
Este é talvez um dos seus poemas mais lindos, adorei!
Beijinho,
Ana Martins
tambem é bom
um momento de solidão...
um grande dia pra ti
e tambem as boas melhoras
joca da Covilhã
Há muitas espécies de solidão...também há a solidão necessária a determinados instantes.
Mas para ti, a solidão tem um outro significado, como tudo quanto escreves.
Gosto do que escreves e da forma como falam as palavras que tantas vezes confundo, pois nunca sei bem
a que te referes.
Mas adoro o que dizes nesse jeito só teu.
Um abraço,
MC
El hecho de tocar la luz ya nos hace diferentes... Hermosísimo poema. Felicitaciones amiga.
Olá, Maria Luisa!
Com muita sensibilidade, talento, e inesgotável riqueza de palavras consegues transformar um tema triste num lindo poema.
Olhar para trás à procura de erros cometidos é algo que todos fazemos quando a vida nos leva para onde não queríamos; e de nada adianta a auto-flagelação...
Abraço amigo; as tuas melhoras; fica bem.
Vitor
Amiga Maria Luísa!
Não, não mesmo!
Não concordo consigo, as palavras estão todas aqui e os sentimentos também.
Doídos, tecidos numa nostalgia imensa, talvez a quem lhe falta a carícia no rosto e sol no corpo, mas com a alma prenha do sabor e do saber de quem quer o que merece.
Por favor, querida, não se entregue à dor.
Beijinhos
Ná
Um poema com a marca indelevel desta solidão,que por todos os caminhos está a nos espreitar e incomodar,como se da alma fizesse parte.Dói muito,mas na poesia com arte da poetisa fica um poema lindo na construção.Sempre minha admiração,com um terno abraço de paz e luz. Bju.
Oi Maria Luisa,
E por vezes a solidão se faz tão necessária.
Gosto de suas palavras, sempre gostei, gosto de você.
Beijo meu
Amiga Maria Luísa!
Boa noite
Quase nada se pode fazer
as árvores ficam despidas
a solidão no nosso entardecer
torna as vidas mais sofridas
Não está na nossa mão
minha querida amiga
evitar a maldita solidão
e outras coisas da nossa vida
Beijinho grande,
José.
esta melancolia aquece o coração em súplicas..e a solidão a preenche..
ler e reler.. e sentir..
beijos de carinho sempre querida..
todo ser inteligente, busca la soledad para encontrarse así mismo y así enriquecer su yo,
la soledad es siempre relativa, si estás bien contigo mismo, yo creo que la soledad no existe,
éste es un poema de altura amiga !
maravillosa expresión escrita, probablemente de un sentir del momento, que espero y deseo se llene de más riqueza personal, si cabe,
recibe un cariñoso abrazo de mi parte
Olá
É na solidão que me encontro...
Bjs.
um belo dia para uma bela semana
jocas de uma aula...
Obrigada pela "Maré e a Bruma"...
Feliz Natal,
Zulmira
Um pouco triste, mas belo. É um magnífico poema, gostei imenso.
Beijos, querida amiga.
A poesia desfaz o equívoco.
Querida Maria Luisa
Por vezes há solidões necessárias para varrerem a praia de todas as lembranças...o silêncio do mar em maré baixa nos trará a paz tão precisa! Depois...a alma prepara-se para outras marés vivas!
É um ciclo que se repete até ao fim das nossas vidas!
Um poema muito bonito...que eu vestiria, sem dúvida!
Beijos.
Graça
a solidão aquela que traz ansiedade e angustia nasce exclusivamente dentro da própria pessoa quando ela perde o contato consigo mesma... seu "EU" interior e tenta fugir sistematicamente de um problema, um desejo ou um pensamento que a incomoda :((
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