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Internet/ Salvador Dalí / Gala |
Testemunho o mistério das sombras,
A alegria do amanhecer
Sinto o falar dos sonhos
Ainda por nascer.
As folhas das árvores,
As flores trepadeiras,
As raízes imersas
Se transformam,
Em braços que amam.
Não temas a solidão!
Ela está no interior das palavras
Pela mão que não treme
E entrecruza os passos
Na cadência rítmica
Deste coração.
E os passos não retrocedem,
O caminho é urgente e é em frente!
As nuvens trazem o cheiro do mar
E a maré é diferente,
Das muitas marés da minha vida.
Reconheço os amigos
Nas horas vivas
E não no silêncio das muralhas.
E no meio do verde e do azul
Espero alguém,
Que se una ao meu amor por ti.
Tu possas ser a personagem pacífica
A transformar a batalha
Em ondas transparentes
Como uma tela acabada de pintar.
Noites e noites nas vigílias do olhar
Gente do mar salgada
Gente da neblina
Gente do Nada.
E respondo aos suplicantes
Na forma como te amo
E em tudo que te dou.
Retomem o caminho
Nos campos da solidão
E ouçam a canção
Estranha e vazia
Dos Templos abandonados.
Maria Luísa