sábado, 14 de fevereiro de 2009

CLARÕES




Nas horas do entardecer perfumado,
Nas tardes procuradas e sentidas,
No silêncio de íntimo Fogo
Ardente ...
Eu abro as janelas fluorescentes
Pintadas,
Pelo acender dos clarões das rosas
No meu jardim, isolado ...

E vejo deslumbrada a Luz
Dos clarões,
A transformarem-se
Em figuras geométricas,
Desconexas
E dançarem ...

Ao longe toca uma guitarra!

Os clarões tomaram o Tempo
Iluminaram,
Num gesto leve
As rosas de mil cores
E cantaram ...

Ao longe toca uma guitarra!

Fizeram amor de quimera
Com alegria,
Plantaram flores de nostalgia
Rolaram uns sobre os outros,
Transformaram ...

Ao longe toca uma guitarra!

E ninguém os via ...

Mas eles - são clarões de luz e fogo
Transformados em humanos
Perdidos,
Distorcidos,
Esquecidos

E ninguém os via
E a guitarra gemia!

Tomaram conta da Noite,
Dos seus Fados
Cantados
Ao som dessa guitarra
Que tocava ao longe,
Não se sabia onde ...

E ninguém os via!

E como clarões que eram
Brilharam
Nos recantos,
Onde o Amor impera!

Cansados retornaram
Ao jardim solitário
E esquecido,
Ficaram a esmorecer
Com o aparecer do Dia

Ao longe, uma guitarra tocava
Em som gemido ...

O meu mundo estremecia,
Dessa Noite de encantar
A terminar
E o aparecer do Dia ...
Clarão não havia
E o som da guitarra
Se perdia ...

Mais um dia!

Maria Luísa Adães

7 comentários:

Anónimo disse...

conheço este poema; foi formatizado
e muito aplaudido.
Esperemos, como é recebido pelo google.

a.

Anónimo disse...

Poema de encanto!

Felicitá

Agulheta disse...

Querida amiga! Gostei do que li,venho desejar bom fim semana.
Beijinho da Lisa

Anónimo disse...

agulheta

obrigada por ter vindo;

clarões esteve no sapo, onde o adoraram, teve formatização com música e imagens da net , maravilhosas.
veio ao google e não tem obtido resposta.

Detesto colocar poemas bons, neste
mausoléu

Beijos,

Mª. Luísa

Anónimo disse...

clarões fascinante!

Bos. E. A.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Unknown disse...

Clarões

E ao longe uma guitarra gemia ...

Lindo poema!

mc