terça-feira, 1 de abril de 2008

TERCEIRA CARTA


Hoje é um outro dia; um dia diferente – talvez com mais esperança, ou alegria…menos pesado de nostalgia! Vamos analisar este dia!...


Ouvi falar da tua transformação;
Ouvi dizer do teu afecto por mim;

Ouvi o teu pensamento e apanhei-o no ar, nas asas do vento e soube dos limites do meu tempo. O vento sussurrou ao meu ouvido esse segredo. E não gostei, dessa verdade!

Ouvi, de ouvidos fechados pela própria natureza – ouvi, com todas as minhas dificuldades! Mas o vento que me conhece, contou o teu segredo e eu senti-te no som deste vento e soube…estiveste comigo!

Ouvi o canto de várias vozes e os ecos repercutiam-se à minha volta, longe de mim e voltavam várias vezes e diziam – eu estou aqui!
Ouvi o rouxinol Persa e das Índias no dizer de um poeta amigo – BULBUL – assim chamado pelo João Carlos Raposo Nunes….ouvi com este ouvido que tanta falta me faz e se perdeu no burburinho do mundo…
Mas ouvi a mudança da voz do vento e da minha própria voz, tornada num canto mais doce e maior a lembrar o BULBUL do Oriente.
Lembro o Oriente e o Poeta Fernando Pessoa – quando ele diz:

“Ao Oriente excessivo que eu nunca verei”…

Nostálgico e belo … Vem e Sê meu amigo!
E eu digo: interessa-me a Eternidade à qual não posso fugir – mas acredita …
“Gosto de Viver” – não me tire esta ânsia e esta alegria …
Que eu sinto pela VIDA.

Sem comentários: