sábado, 12 de abril de 2008

NONA CARTA


Vem, noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite, manto branco,
O meu coração …

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Assumo a minha responsabilidade de Poetisa, num mundo em que a Poesia morreu!
E assim, começo a minha última carta, com a saudade prematura, de não as tornar a escrever…

Não posso esquecer as dificuldades de um caminho…solitário, onde as saídas se entrecruzam e os inimigos não deixam, o artista, representar o seu papel.
Mundo de insensatez e de maldade; amigos não existem e está provado, através dos tempos e dos exemplos…Que o Poeta, é uma pessoa infeliz! Mas procuro estar acima do vulgo que pretende devorar.
Não peço nada! Nada tenho a pedir!

A música continua a tocar e a falar da pessoa generosa que dá ao indiferente! Dá com ternura e nada vai receber…mas dar, é a sua continuidade…na forma de estar e de sentir…. E espera o lugar onde vai descansar! E aí, nada a pode magoar!

Os inimigos desaparecem devorados pela sua própria iniquidade.
E ela analisa o sentimento e espera…E pede…A Consciência do Mundo!

Assim, termino as minhas Cartas!

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