segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nem Sempre

Internet/ Salvador Dalí
Nem sempre se fala de amor
Nem sempre se fala de nostalgia
Nem sempre se fala o que se pensa
Nem sempre se fala o que se diz
Nem sempre se vive de euforia.

Nem sempre!

Há uma sombra que me prende
Um som de vida
De ventura e encanto.

Tantas coisas perdi
E outras encontrei
E nem sempre te amei.

Nem sempre!

Umas vezes estou presente
Outras vezes estou ausente.

A vida é fonte
A vida não cessa.

Apenas tu existes
No meu dizer de poeta,
Apenas tu me chamas de poeta
Apenas tu sabes que que sou poeta
Apenas tu...e ninguém mais.

E vivo no encontro e desencontro
Do que sou
Vivo da minha ilusão
Vivo da minha insensatez
E da minha lealdade.

Nem sempre, assim é!

Mas fico sempre esperando
Até aquela dia
Perto ou distante
Onde te possa encontrar
Beijar e amar
Sem parar
Deixar de respirar
Como se o mundo fosse morrer
Naquele instante.

E a morte fosse o jogo escuro
Das ilusões...

Maria Luísa

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ser Diferente

Internet/ Salvador Dalí
Lembro o calor dos teus beijos
Lembro a loucura que vivemos
Lembro quando pareciamos ser diferentes
Do tempo,
Em que no tempo viviamos.

E fomos diferentes de todos
E continuamos a ser diferentes
E pagamos por essa diferença.

Nos libertamos de festas
Pois as festas são nossas
E não interessam a ninguém.

Vivemos com alegrias e tristezas
Nos amparamos ao que somos
E lutamos e vencemos.

Somos o que somos
Nos amamos em lugares idilicos
E abatemos o tempo
E não ligamos ao tempo.

Continuamos a ser como fomos!

Maria Luísa

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ROUBO



Internet/ Salvador Dalí
Me roubaram os sonhos
Me deixaram os medos e pesadelos.

Deus não paira nas águas
A praia se encheu de pedras.

Amei-te mesmo assim
Sedento e exausto.

Te procuro
E não te encontro.

Tudo mudou num instante
E tudo que conheci
Não existe mais.

Fala-me,
Atira as lembranças de ti
Como um convite ao meu caminho.

Volta,
Ajuda-me a encontrar os sonhos
A vida não está completa.

Tu eras o meu sonho
E me roubaram os sonhos.

Neles me via
Neles me reconhecia
Com eles falava
Eles me respondiam...

Solitárias ondas saltam
Viajo nos poços abertos
Nos crepúsculos que se abrem.

Aceita-me,
Dá-me uma solidão só minha,
Mas perfeita.

Me deixaram sem perguntas
Desinteressados
Frios no ar da noite.

Sem eles
Sem ti
E sem tempo,
Que será de mim?

Beija-me no silêncio da noite
Mesmo sem te ver
Acredito em ti!...


Maria Luísa