terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ser Poeta

Oferta de Amizade!

Beijos, Evanir





Hoje eu ouço as vozes 
Daquele tempo...

Hoje estou unida a ti
Desejosa de ti
Do teu amor
Flores molhadas
Junto a mim

Hoje sou magia e esplendor
Num mundo de fogueiras acesas
No mistério de quem sou.

Conheço as sombras
Conheco as luas
Conheço assombros
Conheço o amor
Conheço o esplendor 
Da distância
E o sofrer dessa distância


Mas quero esquecer tudo
E viver este momento
Neste tempo que é meu!


A fogueira acendeu
Eu sou a fogueira
E ardo nos teus braços
Presa ao teu amor

E torno a ouvir as vozes
Daquele tempo...

Mas hoje não...
Hoje és tu e eu!

O amor é fogo
Aquece
E ilumina o que tece 

Vem Ano Novo
Leva o que passou
E renasce de cinzas

Nào fiques caído no chão! 


Marialuísa

P.S. Desejo a todos o melhor
O mais justo, o mais belo

E agradeço o amor que me foi dado
por todos, 
quantos passaram por mim!

Maria Luísa


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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

TEMPO

Tempo/Internet
O tempo caminha apressado
Eu não tenho a pressa do tempo

E por vezes em momentos amados
Eu mando parar o tempo

E ele sorri para mim como gente
E eu sorrio para ele como sou

E com o sorriso conquisto o tempo
E ele pára por momentos..

E é meu amigo
Nos momentos amados!


Maria Luísa Adães

Feliz Natal para todos! 


Brasil/ Portugal

domingo, 15 de dezembro de 2013

Senhor

Senhor                                                                        
Internet

Tu sabes o que se me depara a cada instante
Tu sabes qual a minha forma de sentir

Conheces a minha falta de forças
E És a fonte da minha vida
E da minha vivência enfraquecida

Deixa que Te peça misericórdia
Pelos que estando vivos
Deixaram de viver

Deixa que Te veja
Nos agredidos e esquecidos
Pela indiferença dos tempos vividos 

Deixa que o Natal envolva a terra
E não deixe nunca de ser Natal
Nos lugares mais distantes e doloridos

E o Teu amor nos acalente
A toda a hora e a todo o momento

Perdoa Senhor
Mas ouve a minha súplica
E vem...!!!


Maria Luísa Adães,

Brasil


sábado, 7 de dezembro de 2013

Borboleta

Internet
Vi uma borboleta
Voou até mim
Eu não me movi

Ela era amarela e vermelha
Eu a vi da cor do sol

Ela beijou as flores
Palpitou por cima delas

Volteou à minha volta
Como ser alado e encantado

Olhei aquele encanto
Num esvoaçar elegante

O verde rodeava o recanto
E ela passava por mim

Outra vez ela passou
E voltou a palpitar
E eu olhei sem falar

Amei o que vi
E ainda mais o que senti

E ela não voltou
E o céu sorriu...

Por ela
Ou por mim?


Maria Luísa

Brasil

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quando te Amo

Quando te amo                                              
Internet

Renasço de cinzas
De rosas queimadas
De fogo ateado
Nas árvores dispersas.

Elas cobrem 
Nosso espaço de amor
Pintado de mil cores
Pelas minhas fantasias de poeta

Eu olho sem saber quem sou
Sem saber quem procuro
Sem saber onde vou

E desço uma vez única
Para escrever meus versos
E dar a conhecer
O caminho de regresso

Tu descansas dos jogos de amor
Ensinados por mim
Aprendidos a primor
Por ti...

Importa é que volto desnuda
E me visto de Esperança
Como Deusa que sou 

E volto por ti,
Apenas por ti eu volto
Meu único amor!


Maria Luísa Adães

domingo, 17 de novembro de 2013

VIAGEM

Fiz uma viagem                                     
Oferta de McR

Num caminho de adeuses

Me transcendo quando escrevo
E me lembro do tempo e da Ilha

Estou fora sem tempo
Meu espírito se ressentiu
E meu corpo me abandonou

Horas dolorosas
Emoções silenciosas
Horas fora do tempo.

Venho de dentro de maravilhas
E me encontro num desencontro
E não tenho mais despedidas

Horas dolorosas
Emoções silenciosas                                                 
Oferta de McR

Horas sem tempo.

Caminho nas cachoeiras
límpidas e cantantes
Amo as flores e o canto

E esta dor constante
É apenas minha...

Há uma força que me prende
Um som de vida
De ventura e de encanto

Tão longe estou desse tempo
E morro fora do meu tempo!

Quem vem ao meu encontro?


Maria Luísa Adães

Do livro a publicar em 2014

"PALAVRAS 
   e
CAMINHOS"



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

No Silêncio

Internet
No silêncio quente do meio-dia
No excêntrico de meu sentir
Quando minha alma se espraia
E meu amor toca levemente
Com seu dizer subtil e lento

E pelas minhas mãos esbeltas
Desenho linhas geométricas
De um amor ainda por nascer

Escolho o caminho
Apenas escolho o caminho
No entardecer subtil e manso
Quando o silêncio entra

E o amo
Despida e leve
Serena e simples
Sem perguntas!

Não te vejo
Apenas te sinto em mim
E tudo é lasso
Na apatia de um abraço
De caminhos percorridos
Na distância de uma vida
E nas flores nascidas
Dessa vida

Te amei ao longe
Sem reconhecer quem és

Te sonhei
Te defendi
Te beijei
E nunca falei
E jamais entendi o silêncio
E sempre amei o que não entendi

Foi assim que vivi
Escolhi o que senti e não perdi

E envolvida no silêncio
Sem harpa nem acorde
Cantei!...


Maria Luísa Adães

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sorriso

Internet
Não vou pintar teu sorriso
Não sei que vou fazer
Desconheço as palavras
Para o chamar e trazer

Talvez vá lembrar
E dessa lembrança
Sou a Deusa
Das dissonâncias harmónicas
Que dançam no ar

E teu sorriso me vai acompanhar
E dançar no espaço
Como pássaros a voar.

Que se passa
Pergunta a lua
A quem passa?

Te trago um sorriso
Pintado de todas as cores
Que pede o sol como girassol

Mas um sorriso que existe
E nos vai trazer ao cimo
A árvore do amor
Em todo o seu esplendor

E no espaço longínquo das almas
Ele vai pairar
Como à noite o luar

E depois vai voltar
Se junta ao meu
No delírio de amar

E vou conhecer o amor
Eu não conheço o amor

E tantos falam de amor
E desconhecem o amor

Dai-me a conhecer o amor
Não podemos trair o amor

E tão esquecido se tornou o amor!


Maria Luísa Adães

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desesperados

Desesperados tentamos reconstruir            

As distâncias

Desesperados contornamos obstáculos
Simultâneos

Desesperados procuramos solidão
Em todos os lados

Desesperados olhamos a noite
Com olhar vago

Desesperados morremos aos poucos
E nada descobrimos na superfície densa

Desesperados aguardamos a razão fantasista
Da nossa existência

Desesperados olhamos os contrastes do mundo
E a única natureza que nos visita 

E as mães ao longe
Chamam por entre névoas espessas
A ausência de seus filhos amados.


Maria Luísa Adães

sábado, 12 de outubro de 2013

Segredo

Tenho um segredo             
Para te contar

E uma noite
Para te dedicar

Pressinto que caminhas
Junto a mim

Sabíamos                                             
Que tudo isto acontecia

Mas não sabíamos
Viver o sonho em agonia

Eu mudei
Aceitei a vida e o meu destino

Eu fui poeta no silêncio de Deuses
E gravei versos nas pedras que encontrei

E tu foste o amor único
Que sonhei

Quanto te amei
No calor tropical
Absorta quente e sensual

Converti-me em ti
No jardim abandonado
Por mim

E nada contei 
E o poeta não tem tempo
E não há tempo no tempo!


Maria Luísa Adães

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tílias

As sombras se escondem
E eu as sigo
Quero conhecer seu destino

Quero percorrer seus caminhos
E descobrir
Porque vivem escondidas

E aparecem tantas vezes
Sem serem escolhidas...

Deus paira no cimo das águas
E o jogo do poeta
É esperança, espuma e enigma

Não há vestígios de meus limites
E mesmo que os procure
Não me são dados ver,

Mas sei
Não mais passearemos
Na Avenida das Tílias
Não mais recordaremos

E há muito que somos loucos
Com estes pensamentos.

Resta-nos o amor
E os beijos sem palavras
Que cheiram a flores
De bosques escondidos e escolhidos

E depois de tanto dizer
Descubro que tenho Tudo!

Peço perdão
A quem chorou por mim...


Maria Luísa

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15/7/2014

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Uma Noite de Agosto

                                                       
Numa noite de Agosto adormeci
Acordei com uma luz que vibrava
E um céu que cantava
E um mar que murmurava

E um barco se aproximava e ficava
Balançando no ritmo do mar

Olhei e ninguém estava
E adorei o olhar
Com que olhei

A Lua se mostrava
Estrelas corriam apressadas
E o céu se enchia de murmúrios
De poetas que cantavam.

Entrei no barco e remei
E olhei com aquele olhar que amei
E vibrei sem te reconhecer

Uma escada descia do Cimo
Com pétalas de rosas espalhadas
Alguém esperava...

Subi e não entrei
E não representei
A vida
No palco que se apresentava.

Me amedrontei
E desci
E de novo olhei
A luz que deslumbrava,

Mas não fiquei
Na quietude que me rodeava!

Queria libertar-me da Poesia
E das Palavras que ficam por dizer
E romper o tempo e vencer!

Falei contigo sem te ver
Entrei no barco que me esperava
E balançava...
Nas pequenas ondas que se formavam

E voltei
Sem saber onde estava!

Maria Luísa adães

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CLARÕES

Afastei-me do mundo sem temor         

Mas com mágoa

Contemplo as rosas de várias cores
Encontro nelas a beleza dos sonhos
Sem sombras de tempos passados

Acendo os clarões das rosas 
No meu jardim isolado, perfumado

E vejo deslumbrada a luz
E a transformação dessa luz
Em figuras geométricas, desconexas,
A dançarem ao som de uma guitarra

Os clarões tomaram conta da noite
Dos seus Fados cantados e chorados
E brilharam nos recantos
Onde o amor impera

Ao longe uma guitarra
Tocava em som gemido...

O meu mundo estremecia
Nessa noite de encantar
A terminar, com o aparecer do dia

Clarões não havia
E o som da guitarra se perdia...

Mais uma noite cantada e tocada
Mais um dia
Onde não encontro Nada!


Maria Luísa

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de Setembro de 2013

Não posso acreditar!                     

As sombras continuam a subir
A escurecer o horizonte
A toldar a razão!

Entra no ar o fanatismo
A força, a vingança
Na mistura do ódio  e do rancor!

E o mundo continua a combater
A  sofrer, a morrer!

As pessoas humilhadas caem
Como folhas de papel
Arrancadas a um livro
Sem préstimo e sem moral!

E se brinda a Vitórias
Num suicídio imposto
A tanta Gente!

A minha alma voou
Desenhou sentimentos
Misturados de cor e de lamentos

Me amordaçou
E me transformou
Em pedaços partidos...

Onde está o Amor
Ou a ausência desse amor?

Talvez isto que digo
Não seja verdade!...

Maria Luísa


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domingo, 8 de setembro de 2013

Amor

Tu já tinhas um nome
Não sei
Se eras fonte ou brisa
Ou mar, ou flor        
Gala/ Salvador Dalí


Mas nos meus versos
Vou chamar-te Amor!

E vibrarei contigo
Na cadência ritmíca
De meu coração

Fala-me das madrugadas
Da relva do jardim machucada
Pelos amantes que se amaram
Ao som das cítaras caladas

Fala-me do teu poder eterno
Fala-me das cortinas corridas
E deixa a porta de meu quarto fechada
E só tu entres, meu amor

E vem sempre, uma vez mais,
Saboreia a ternura subtil e quente
E usa as Palavras que dançam  
No meu canto!

E nada mais quero
E nada mais peço,

Apenas isso eu Espero!


Maria Luísa

sábado, 31 de agosto de 2013

E Espero


 O avião pousa no chão
Fatal como um relógio
Que conta o nosso tempo.

Eu olho o firmamento
Onde te vais encontrar
E não me podes levar

Tu vais lentamente
Não olhas quem fica
E não quero ficar...

Que interessam as palavras
Não importam, não contam,
Só tu contas!

O nosso amor conta
E se Ele conta
Parto contigo!

É pouco o tempo
Que nos resta!...

A tarde quente desce
A hora aproxima
E eu indecisa, fico olhando

As lágrimas lavam os olhos
Não deixo o olhar fugir,
Mas tens de partir

E eu vou ficar
Uma vez mais fico
E aceito o meu destino!

O mundo é tão mau
Para os que pretendem viver
A seu modo

E não o podem fazer!...


Maria luísa

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

METAMORFOSE

Não existe a morte                   

Não existe a destruição
Não existe a intolerância
Não existe a maldade
Não existe o ódio
Não existe a perda
Não existe o sofrimento
Não existe a dor
Não existe a opressão
Não existe o desamor
Não existe um Mundo de Terror

Não existe!

Mas existe o criar
De um Mundo Melhor
E mais Justo!

E eternamente
Embora ausente
Eu estou Presente!


Maria Luísa

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Partida

Quem és tu                           
Que tanto impressionas?

Uma flor
Uma abelha
Uma cigarra 
Uma rosa escondida?

Não o creio,
Mas fascinas
As pessoas que vi!

Diz-me de ti
Não para ouvir
Apenas sentir,

Mas esquece de mim
Eu parti...

Há muito eu parti
Sem saber de ti...

Coloquei meus sonhos
Num barco de nuvens brancas

E sabendo a razão em mim

Parti!...


Maria Luísa

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Girassol II

Que nada possa alterar
A quietude das palavras      

E a beleza de viver

E escolho o caminho
Nada foi escrito
Apenas eu escolho meu final.

Sou a Deusa ou a Culpa
Do que aconteceu em mim.

Quando a poesia morrer
A natureza se revolta
E os campos e jardins
Deixam de ter flor
Tudo fica deserto à nossa volta

Crepúsculo
Letras
Pensamentos
Sentimentos
Que importam
No valor real do poeta?

Apenas Girassol sorri
E fica comigo
Preso ao Espaço
Permanente e constante

E eu pago em palavras
Em magia
Em verdade
Em loucura
E fico contigo
E giro contigo
Procurando o Sol.

E sou como tu
À Luz da Partida.

Maria Luísa

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15/7/2014



quarta-feira, 10 de julho de 2013

Girassol

Girassóis de Van-Gogh/ Internet
Flor do sol amarela
Tons laranja nas pétalas

Símbolo do calor
Da lealdade e do amor

Adoração da vida
Glória
Paixão
Altivez
Integridade.

Teu caule gira
Gira sempre voltado ao sol

Pedaços de nuvens
Se passeiam no ar

E girassol continua a rodar
E a convidar quem vem a passar.

E eu paro livre de te escolher
E talvez faças parte de minha vida.

Escrevo coisas que sinto
E depois digo - não sinto

E a água corre
E nua estou esperando seu afago

A música do entardecer
E sua beleza já nascida...

A luz do esquecimento
Deixa de ter vida...

E tu girassol que admiras o sol
E iluminas rostos amados
Fica, por mim, à Luz da Partida

Flores molhadas, pétalas acordadas
Suspiros brandos de quem ama

E vivo sem destino fixo
Não preciso de nada!


Maria Luísa

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Beijos...

Há beijos sem palavras                             
Internet/ Salvador Dalí

Beijos que cheiram à maresia do mar

Beijos que cheiram a flores
De bosques escondidos e escolhidos

Beijos que trazem o Paraíso
Quando a floresta delira no seu cântico

E que nada possa alterar a quietude
A fragilidade Divina e exata de viver

E eu não me possa perder 
Nas Palavras e Caminhos!...

Maria Luísa



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domingo, 23 de junho de 2013

SERÁ?

Será que amei e deixei de amar                 
http://miscariciasdelalma.blogspot.com

Será que te encontrei e tenho de deixar

Será que sou um poeta que cantou
E deixou de cantar
          
Será que é assim
Será o meu fim ao último amor

Será que não cantei
E pensei ter cantado

Será que não escrevi
E pensei ter escrito

Será que não sei
Que cheguei ao final

E vou esquecer
E vou deixar de escrever
E vou deixar de amar
E vou deixar de cantar
E vou deixar de pensar

Será este o último caminho
Ou ainda a continuação
Dos muitos caminhos

Ou aquele caminho
Que me vai tirar este caminho

E entrar num outro caminho
Assim de forma vertiginosa
E tenho de te dizer Adeus

E as últimas palavras
E meu último olhar
Onde vai ficar
Se não tenho a projeção do amor?

Me perdi
E quero voltar!


Maria Luísa


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sábado, 15 de junho de 2013

Canção

Há uma canção tão especial      
Facebook/ Coleção de Imagens

Amor...

Quem me vai ajudar
Deve haver alguém que saiba cantar

E ilumine meu olhar
E me possa acompanhar.

Diz que me amas
Tão pouco o dizes...

E se  não dizes,
Deixo de te amar

Como se não fosses
Aquele amor que sonhei e vivi

Se não o fazes,
Faço malas e parto para outro lugar!

Há uma canção especial, amor
Protegida por mim

E anunciada
Nas palavras que escrevi no ar

Não há culpas nem desculpas
O mundo é para nós o Sacramento
De um Altar.

Só não sei quem vai cantar
A canção especial

Por ela ser tão especial!...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

OUVIR

Ouvi o teu pensamento              
Internet

Apanhei-o nas asas do vento
E soube dos limites do meu tempo

Ouvi com as minhas dificuldades
E não gostei dessa verdade

Ouvi o rouxinol Persa e das Índias
Ouvi com este ouvir
Que se perdeu nas asas desse vento

Ouvi a mudança da minha voz
Louca, envolvente, a lembrar o Oriente

Ouvi falar da tua transformação
Ouvi dizer do teu afeto por mim

Ouvi e calei
Chorei e senti
A mágoa de quem parte

Eu sou poeta
Digo que sou
E sou!...

Não me tires esta ânsia
Esta alegria que eu sinto
Quando te vejo ou te pressinto

E te peço :

Ama-me
Como da primeira vez!

Maria luísa

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Simbolizante

Em quem vou acreditar                      
Oferta/ http://miscariciasdelalma.blogspot.com

E quem vai reconhecer quem sou?

Quero caminhar de novo
Estar longe e perto de tudo.

Há quem possa ouvir-me
Se não há, deixem-me
Nas cinzas desertas.

O mar é só mar
Uma solidão de ausência humana.

Eu sou queda de água
A caír em traços longos
Trajada de infinito

Formo um lago, só meu
Tão próximo dos salpicos do mar...

Se me procuram
Olhem meus olhos
E leiam que diz esse olhar.

Já não tenho mais dias
Para falar de mim e te amar.

Desci ao escuro do mundo
Perdi minha cor imutável
As trevas cantaram, dominaram

Eu não soube entender
Sedenta do esplendor do inútil

Tenho um destino fixo na terra
Solitária, igual a árvore intocável.

Chorem a ausência
E esqueçam quem ela foi
E não amem quanto disse.

Assim se afastam e se perdem
No que já está perdido.

Ela não volta,
Seu jogo é eterno e perfeito
Não há resposta!

Apenas um suave exemplo
De alguém que passou!...


Maria luísa

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Quietude

Que nada possa mudar           
Internet


A quietude das palavras
E os sons de cada acorde.

E o jogo do poeta
É esperança, espuma e enigma.

Aromas, sons e flores
O mar, a serra e eu.

A música do entardecer
Espreita a distância do Oceano.

Os momentos não se repetem
E as Sombras se escondem

E vem a noite
Com pedaços de nuvens negras

E eu sou a nuvem
Que vê e sente e escreve
E se perdeu por um tempo breve!

Amo os teus sonhos esquecidos pela manhã
E os meus sonhos lembrados, ocupando uma vida!

Mas porque vivem escondidas as Sombras
Minhas conhecidas?


Maria luísa

terça-feira, 14 de maio de 2013

ROSAS

Te pedi rosas                 
Facebook/ el hombre de las mil rosas

Ausências e cegueiras
E pedi amor.

Nascentes que eu pressenti
Rios que correm por mim
E um céu de princípio e fim.

Espanta as silabas tórridas
Submerge-me nas tuas ondas
Enterra os meus temores.

Faz-me descer aos teus ocasos
Leva meu olhar
Se outros me olharem.


Dilui-me no vinho dos Deuses
Segura meu cálice de vate
E bebe-me sem pressas.

Eu já perdi muitas coisas
Que me foram tiradas
Por gente sem graça.

Que a nossa história a dois
Continue a viver
A encher nossas noites de prazer.

Mas te peço rosas
De todos os tamanhos
E de todas as cores.

Isso eu peço e continuo a pedir!...

Maria Luísa

domingo, 5 de maio de 2013

Simbolismos

Gosto de viver             
Facebook/ Coleção de Imagens

De estar com amigos
De escrever para eles
Coisas de mim e dos outros
Partilhar alegrias e saudades
E ternura também!

Gosto
E nada pode mudar
A quietude das palavras
E a beleza do que digo

E escolho o caminho
Apenas eu escolho o meu destino

Sou a Deusa ou a culpa
Do que aconteceu em mim
Ou do que vai acontecer

Vem meu amor
Te prende em meus braços
E fica comigo eternamente
Num mundo ainda por nascer!

Repara no sol
Na neblina a subir do mar
A dar aquele tom velado
Num sentir de saudade

Pára o avançar do tempo
E ama como sabes amar
E continua a ser
O meu único amor

Não quero outro
Apenas tu!...

Crepúsculos
Letras
Pensamentos
Sentimentos
Que importa,
No valor real do poeta?

Apenas isto eu sei...

Não basta viver,
É preciso sonhar
E acreditar
Em mim
Em ti
Em todos
A favor da liberdade
E do amor aos deserdados!

Sem culpas nem desculpas
O mundo morreu
Os Outros o mataram
E não eu, nem tu,
Mas os Outros!...


É esta a Realidade
E grito a minha súplica
E estendo a minha mão
E peço,

Ajuda-Nos!



Maria Luísa Adães

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Peregrino

Solitário é meu sentir       
Internet

E eu quero essa solidão
E esse sentir

E aos poucos vou perdendo
E deixando de ver
O caminho a percorrer.

Será que cheguei
À meta Final?

Me humilhei milhentas vezes
Nas cordilheiras de muitas mentes

E assim fui peregrina
Dos prantos que não foram meus.

E as nuvens sobem
Aparecem e desaparecem
São livres de olhares nebulosos

E meu amor se vai perdendo de mim
Como a vida se vai afastando e caindo

Como as pétalas das rosas
Vão morrendo

Como o silêncio vai descendo
E as folhas envelhecendo

E a noite se instala
Sem desejos de partir...

Sabes que te amo
E por vezes te esqueço
E torno a lembrar
E corro para ti
E te prendo em meus braços
Na minha sensualidade, só minha

Mas...
Dar sentido às palavras
É essa a minha última Oração!

Perfeita eu tentei ser,
Mas vou partir ou já parti
E me esqueci de ti!


Maria Luísa Adães