sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sonho

Internet/ Salvador Dalí
Há milhentos rostos
Olhando sem encanto, meu rosto,
Não reconheço esses rostos.

Nem um apenas, eu reconheço!

Estou sonhando um sonho,
Um sonho
E rápido vou acordar do sonho
E não sei o nome do sonho
Nem conheço o sonho
Nem sei reter o sonho.

Mil rostos me julgam
Sem me conhecer.

Mil esperanças me rodeiam
Neste entardecer,
Mas é tarde, excessivamente tarde,
para vencer
E regressar, para perceber.

Quero minha Alma
Para esquecer,
Mas não sei dela...

É tarde, demasiadamente tarde,
Para viver!


Maria Luisa

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Escrevo

Na fragilidade do meu mundo
Na saudade que me confunde
No beija-flor elegante,
Palpitante,
Tremente,
de prazer constante.

Eu te amo
Internet/ Salvador Dalí
Mais do que me amo...

Eu te desejo ainda mais
Do que tudo quanto canto
No feitiço do meu pranto...

Na música que tu tocas
Eu me encontro
E me perco
E caminho,
De mundo em mundo.

Qual o nome da minha alma?


Maria Luísa (Brasil)







terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu Vivo...

Internet
Na fragilidade do mundo,
Eu vivo...

Depois de atravessar caminhos,
Eu vivo...

Na apatia dos ruídos da rua,
Eu vivo...

Na solidão das noites caladas,
Eu vivo...

No fulgor dos dias soalhentos,
Eu vivo...

No carpir das mágoas contidas,
Eu vivo...

No choro interior de olhos secos,
Eu vivo...

Na melancolia do meu entardecer,
Eu vivo...

Na saudade de não tornar a nascer,
Eu vivo...

No meu amor contido de amargura e esperança,
Eu vivo...

Contigo eu estou esperando por mim
E assim eu vivo...

Contigo eu amo tudo,
Por ti volto ao princípio de tudo...

Contigo eu estou na descida e no cimo
E sonho, num sonho rendido.

Contigo eu sou,
Contigo eu amo,
Contigo volto,
Ao princípio e ao fim
E vivo...


Maria luísa (Brasil)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novo Ano

Copacabana RJ, Final do Ano 010,

Janeiro de 2011
A contagem do tempo foi feita
E o céu gritou de milhentas cores
Brilhantes, reluzentes, presentes!

Escondeu o mar,
Escondeu o Infinito,
Escondeu as estrelas,
Escondeu a maresia desse mar,
Escondeu a favela...

Os barcos ao longe e perto
Acenderam luzes,
As casas voltada para o mar
Abriram janelas...

Meu espírito sentiu a mudança
Tudo tinha um ritmo diferente,
Diferente do dia,
Diferente da noite,
Diferente da maresia do mar.

O Infinito se aproximou
O Cristo Redentor olhou
O Pão de Açucar brilhou...

O mar batia leve e brando
Molhava a areia da praia,
Milhões de Almas aguardavam, pediam...

Eu estava na noite única
Olhava o espaço eterno
As ondas me beijavam
E eu lhes atirei flores...

Me juntei assim, à esperança,
De um povo exuberante
Na espera constante
De promessas cumpridas.

Busco a poesia
De outros poetas
E simbolizo todo o mundo,
Perto ou distante...

Aqui deixo minha voz!

Maria Luísa

(Rio de Janeiro 011)