sexta-feira, 25 de abril de 2008

EUGÉNIO DE ANDRADE


Meto as mãos nas algibeiras
E não encontro nada,
Antigamente tínhamos tanto
Para dar um ao outro …

Eugénio de Andrade


POEMA




É urgente o amor
É urgente um barco no mar,

É urgente destruir certas palavras
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.

É urgente inventar alegria
Multiplicar os beijos, as searas
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

Do poeta,
Eugénio de Andrade

domingo, 20 de abril de 2008

SEREIA


Há Algum tempo contaram-me uma história, cheia de alegria e de paz. Todos vão gostar de ler e analisar. Supera o mundo, os divertimentos desse mesmo mundo, as tristezas, os rancores e a falta de piedade … Dá-nos encanto e Poesia e eu, vou tentar contar de forma simples, essa história tão diferente, do que costumo dizer. Talvez não seja, tão fora do vulgar, mas eu vou dizer e todos vós, vão julgar! Mas sejam benevolentes e eu fico contente!

Era uma vez …
Uma Sereia cintilante, no seu manto de lantejoulas, brilhando ao Sol e à luz do luar.
Tinha aprontado o seu casamento e preparava com algas verdes, uns outros tons de verde, na gruta onde morava.
Nadava a toda a hora, alegre e contente; saltava por entre as algas verdes e os tesouros do mar. Sempre, sempre, sem parar … E entoava aquele cântico de feitiço e adormecia o mar e os peixes que ali viviam …

Mas um dia, levada por outras águas, sem se aperceber do malefício, perdeu a noção do caminho de regresso à sua gruta, à maré que lhe pertencia … e perdeu-se …
Pobre Sereia! E o seu casamento?
A sua boda, os seus amigos, o seu banquete, o seu noivo e a felicidade sonhada?

E chora todos os dias, à procura do seu sonho de encantar.
Tal como os humanos, desconhecidos por ela, desenvolve sentimentos de Esperança..,.

E encontra o caminho de regresso ao Lar!
Bendita Esperança!
Símbolo da Alegria! … E canta, o seu canto de feitiço, a envolver o seu fato cintilante e o seu corpo dançante, nas ondas do seu Mar.

E tudo vai sarar …
O mar acalma,
Deixa de soluçar
E torna-se outro mar.

Aquieta as suas águas … Espelha à luz do Sol a sua cor – azul, verde, cinza, copiando o Infinito. Olha! Sabe! Encontra a pequena Sereia, da qual se lembra e recorda, sem sombra de dúvida …

ELA VAI CASAR!

Há sempre uma história a contar.

SOLIDÃO DO POETA




Um poeta escreve a sua prosa
Escreve e põe nesse escrever
A sua alma, feita da sua verdade
Ele diz e expressa sentimentos em palavras…
Ele torna possível que este e o outro
Se defina e sinta…

Entende o amigo
Esclarece o desconhecido
… Como só ele sabe fazer.
Mas não tem Pátria
Não pertence a qualquer lugar do mundo
Distanciou-se, mercê desse Dom…

Pertence aos que dispersos imploram
A entrada no Templo Sagrado.
Diz coisas que encantam as gerações
… Mas não encontra a sua própria felicidade
Isolou-se do mundo
E de si próprio
PERTENCE AO UNIVERSO!

Transpôs o Limiar de uma porta fechada
… Assim em solidão
E não de outra forma.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

QUIETUDE


“ E o discípulo entrou no Santuário do seu Coração”.


Nele havia um Altar, sobre o qual ardiam duas luzes.

Ele compreendeu que essas eram as luzes da sua própria Vida. Eram ele mesmo.
A chama de luz que lhe estava mais próxima era de muitas cores vibrando na riqueza do seu colorido e emanando ligeiro fumo. Ele reconheceu os seus pensamentos e emoções e ainda, os seus sofrimentos, pelo próprio ritmo familiar das suas Vibrações.


A segunda chama estava mais longe, incolor, mas os seus raios penetravam tudo, até as cores mutáveis da primeira luz.
Imóvel na sua antiga pureza, brilhava tranquilamente, respirando uma paz tão grande como a própria Eternidade.

Então o Mestre vestido de branco aparece:

Apanha as luzes com as suas mãos e troca os seus lugares dizendo: a partir deste instante olhas a vida inconstante através da luz da Eternidade em vez de, como estás fazendo até agora, olhá-la através da luz efémera que torna tudo mais difícil.

Quem és tu? Quem és tu? Quem és tu?

E a esta pergunta meditativa tens de responder mergulhando na vida passada, na ignorância de tantos anos e na ilusão dessa mesma vida. E sentir que aquela para quem olhavas e tudo quanto vias não te pertencia. Tudo quanto viveste não se assemelhava contigo. Eras, apenas a espectadora da tua própria vivência e não aquela que representava.

Olha com indiferença esses tempos passados, reconhece a ilusão de tudo quanto viste e de tudo quanto foste – pois nada é teu. E és outra – a verdadeira, a Real...
A quem procuras? Aquela que procuras não está aqui. Partiu e não volta mais; não chores por ela!

Os lugares percorridos do passado ficam para trás; não há retorno, mas sim uma continuação.
Pensa na liberdade adquirida…de forma sofrida … e caminha ao encontro da VIDA.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

INICÍO DE O DIÁRIO


Depois de ter escrito AS 9 CARTAS. Inicio o Diário, aliás já o fiz, com o texto dedicado
A INGRID BETANCOURT. Agradeço o interesse por este assunto que nos fala dos “Inimigos sem Rosto” a que faço referência no Preâmbulo.

No Diário aparecem vários acontecimentos, escritos em Prosa e outros em Verso.
É feito de verdades, algumas abstractas e não é um” Livro Comercial”, disso eu tenho consciência e esse facto, não vai ajudar no agrado dos visitantes.
Mas o Escritor está preparado para a indiferença do Público! A Net vai dar a oportunidade da tentativa de o lançar no mundo, antes de ser Editado.
De qualquer forma, agradeço a presença dos Leitores que o começaram a acompanhar.
Com comentários ou sem eles – O Livro vai continuar!
Obrigada pela atenção.

Maria Luísa O. Maldonado Adães

sábado, 12 de abril de 2008

NONA CARTA


Vem, noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite, manto branco,
O meu coração …

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)


Assumo a minha responsabilidade de Poetisa, num mundo em que a Poesia morreu!
E assim, começo a minha última carta, com a saudade prematura, de não as tornar a escrever…

Não posso esquecer as dificuldades de um caminho…solitário, onde as saídas se entrecruzam e os inimigos não deixam, o artista, representar o seu papel.
Mundo de insensatez e de maldade; amigos não existem e está provado, através dos tempos e dos exemplos…Que o Poeta, é uma pessoa infeliz! Mas procuro estar acima do vulgo que pretende devorar.
Não peço nada! Nada tenho a pedir!

A música continua a tocar e a falar da pessoa generosa que dá ao indiferente! Dá com ternura e nada vai receber…mas dar, é a sua continuidade…na forma de estar e de sentir…. E espera o lugar onde vai descansar! E aí, nada a pode magoar!

Os inimigos desaparecem devorados pela sua própria iniquidade.
E ela analisa o sentimento e espera…E pede…A Consciência do Mundo!

Assim, termino as minhas Cartas!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

OITAVA CARTA


Meu Amigo

A nossa festa acabou, mas deixa-me dizer-te, uma vez mais: trazias pedaços de luar nos Teus cabelos dourados e o Teu corpo, macio e brando entregava-se com quebranto e langor … Mas não parecias Tu …
Com essa forma subtil de amar!

Tudo terminou em cânticos de luz e de louvor!

Recordo o banquete, preparado por mim … aquele sabor ao néctar puro das abelhas – sem misturas –
Apenas os favos amarelos – alvéolos trabalhados com fervor – e os vinhos nos seus tons dourados e rosa, as flores perfumadas, ao longo do caminho … Tudo tão simples ao longo desta vida, nunca antes contada.

Mas a simplicidade, não é o meu atributo maior … Nada pode mudar neste meu Eu invulgar e vou continuar como sou – eu sei!

Perguntas se sou adepta do Paganismo?
Não sou!
Sou crente em DEUS … Sem esquecer o Filho!

Sentes como sou? Entendes-me? Acreditas em mim? Tornamos tudo mais fácil, na forma Poética de dizer.

Quando for possível – arranjo outra festa e convido mais gente.
E despida de modas e trajes complicados … Vou como em passerelle mostrar como sou e o meu costureiro mostra o meu corpo despido de fantasias e faço disso – o meu modelo – como escrevo os meus versos ou a minha prosa. É uma representação abstracta … Como um quadro pintado que só os críticos sentem, saber definir.

Jogo xadrez – agrada-me essa espécie de jogo – apreciada por tão poucos –, mas sinto-me bem no meu mundo, escrevendo com amor – gosto, por vezes, das coisas, lugares e pessoas de quem os outros não gostam. Escrevo para Todos e ainda mais, para aqueles que não querem ou não podem, entender – mas não o confessam!

Olho as figuras para a próxima jogada e lembro o meu Livro “Os 7 Degraus”, onde me foi mostrado o verdadeiro caminho e me deram a Luz quando as trevas desceram e me taparam, como se fosse NADA.
E fiquei sem ver … apenas cintilavam as figuras e eu apercebia-me que Elas ensinavam a vencer,a ganhar o Primeiro Lugar – ou quem sabe? O Último Lugar …

O teor desta Carta fala de tantas coisas, contadas por mim e por Ti. As Tuas, são as mais belas …
Intimistas e abstractas – quem dá por Elas? Os que passam e não lêem? E ainda, aqueles QUE NÃO PASSAM … Esses são os mais fáceis. Nada têm a dizer …

Admiro-Te com ternura, pela Tua solidão – Só Tua … E me deixares compartilhar o Teu estar.

Não estou mais só … Tenho-Te e escrevo por Ti … Apenas por Ti!

terça-feira, 8 de abril de 2008

SÉTIMA CARTA


Ontem rumei à nossa Serra – subi aquele carreiro com degraus – estreitos e íngremes, cobertos de musgo a escorregar…ali estava a minha gruta; uma vela acesa e no ar o magnetismo e o mistério secular – como se orações e pensamentos retidos no tempo, ali me esperassem, para me ajudar e me falar.
Sentei-me junto ao Altar, na esperança, sempre crescente, de Te encontrar e escrever esta carta, Contigo – meu Amigo…meu Amigo… das horas calmas e mansas e das noites com luar.

Vou dar uma Festa! Resplandecente e quente! Repleta de magia e sensualidade!
Preparo o banquete – e És meu Convidado!
Esquecemos as críticas e os críticos, os que lêem e os que fingem ler…E é outra…
Diferente da primeira…parecida com a última...

Lança ao mundo, os meus livros,
Como símbolos e despidos de qualquer vaidade – somos livres de pintar os muros à nossa volta – e as flores surgem de mil cores, rodeadas do verde, não agredido, da nossa Serra e a nossa nudez é real e pura, misturada da nossa alegria.

Canto uma canção de amor!
É uma canção pagã!
E eles não entendem, este riso, esta alegria!

Podem esquecer, isto que digo!
Mas digo a verdade e agrido a mentira!

Tudo quanto escrevo veio comigo quando aceitei a Vida!
Reconheço as dificuldades em descobrir o lado certo…mas sou Poeta – como sabes – e não vou deixar de o ser, para agradar. E a festa quente e pura já começou…Quando chegaste!

Eis a nossa missão a ser cumprida e a felicidade acompanha as nossas danças no lugar Sagrado e embala-nos neste sonho e torna tudo realidade.


ENTÃO ISTO É REAL!

Com ternura.

sábado, 5 de abril de 2008

QUINTA CARTA


Ontem não adormeci! Acontece muitas vezes não adormecer e sentir frio e envolver-me numa página gigante com vários poemas ou prosa e essa página vai banir o frio e mostra-me o abandono do que escrevo.

Sabes qual a sensação desse abandono? Aquele apertar do coração quando eles saem de mim, quais criaturas vivas a reclamar a sua entrada no mundo e o sentimento de ofensa e ultraje, deste tempo, sem remorsos.

Nesta forma de escrever, fujo à contagem das rimas, das palavras alinhadas a condizer com as anteriores. Nada disso, meus amigos! As minhas palavras são livres e espontâneas, formam figuras inquietas, num cenário natural.

A forma pomposa de dizer, transforma-se num acontecimento de alegria e felicidade por me pertencerem e nada, mas pode tirar. Apenas Deus com toda a sua Grandeza, mas pode levar. Sou crente! Aí está uma faceta, importante, da qual me esqueci de falar.
Alguém pergunta: - não é clássica? Não procura rimar com cuidado?
E para vos falar com sinceridade – eu não respondo…
Perguntas simpáticas, de quem não entende… O mundo é assim, como eu digo, ou um pouco diferente – eu não sei tudo –, mas ninguém sabe…daí a minha aceitação!
Mas o mundo é mau, no apontar dos defeitos, - mas não importa – é saudável falar – dizer alguma coisa, sem magoar – não falar, é por vezes, trágico!

- Deixa-me acreditar que tudo isto é verdade;
- Deixa-me ouvir as censuras inesperadas; - e não temer;
- Deixa-me pensar que tudo vai acontecer, como eu, espero;
- Deixa-me brindar a tudo quanto os outros desconhecem;
-Deixa-me ficar com estes pensamentos e não vacilar;
- Deixa-me jogar este jogo de palavras e GANHAR;
- Deixa-me voar e regressar sem sofrer;
- Deixa-me esquecer a maldade disfarçada de várias cores, na ânsia de não ser
reconhecida;
- Deixa-me esquecer a insensatez … na qual acreditei;
- Deixa-me ter a coragem de não recordar…os que por medo me esquecem;
- Deixa-me ficar em paz escutando o que dizem e esconder…o meu dizer;
- Deixa-me ser como gosto…repudiar algemas e entender o reverso da medalha;
- Deixa-me continuar o caminho…escolhido por Ti e aceite por MIM;
- Deixa-me confiar nos sonhos, como os entendo e ser submissa e humilde;
- Deixa-me envolver o meu corpo no teu, a tua mão fresca na minha…e sorrir;
- Deixa-me entregar todo o meu ser e gritar – bem alto, à Liberdade;
- Deixa-me viver este amor louco e profundo…e mostrar ao mundo este amor ;
- Deixa-me ser espontânea…sem medos…do entardecer, da própria vida e do
final, dessa mesma vida.

Recuso o acabar desta carta! Quero ficar dentro dela e viver num recanto com ela!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

QUARTA CARTA


Nestas cartas tento desnudar o coração e dar a minha verdade, a todos quantos me lerem.
Continuo na aventura de escrever e dizer como um triunfo da minha alma, ou um desespero que tudo me pertence e tudo quanto digo – é meu!
As críticas e as suas interferências não matam o meu espírito, não me tiram a vontade de cantar e dançar.
- Percebes pequena criatura?
Todo o meu corpo gesticulado e as minhas mãos que falam, te dizem quem eu sou!
Interessa-me escrever e não obedecer às tuas ordens, maldosas e supérfluas. É tudo.
Assunto acabado! Sem ressentimentos!
Vou continuar à minha maneira e não, à tua!
E tu se me leres…Tu se me leres? Pergunto eu…mas isto traduz falta de firmeza no que se escreve! Mas eu, sinto-me firme na única coisa que gosto de fazer – Escrever –!
E dentro dessa firmeza eu vou continuar o meu diálogo contigo, ignorando a tua crítica!
É necessária coragem para usar a magia simbólica da escrita! És o meu inimigo – eu sei!
Mas vou tratar-te, como Amigo e vou ser sincera…sem a chamada sinceridade, não há amigos! Tu sabes desta verdade – mas não és assim, como digo…não és!
Pensei sempre em ti, mas o que escrevo é diferente do que conheceste em mim…!

Pergunto:

- Fiz tudo quanto me foi dado fazer? Daí o obstáculo que arrasto e ao qual não sei
Responder...
- Cai nos tropeços do caminho, por acreditar!
- Fragilizo a minha batalha, por confiar!
- Perco as minhas unidades de defesa e fico isolada num campo imenso!
- Não espero a compreensão dos exaltados, ansiosos por esgrimir!
- Afasto-me do mundo – sem rancor, mas com mágoa!
- Aproximo-me de mim e crio um espaço invisível, onde vou esperar!
- Espero, mas não regresso – e Quero Regressar!
- Procuro o meu jardim, onde chegam os clarões desta cidade!
- Contemplo as flores…de várias cores…plantadas por mim!
- Encontro a beleza dos meus sonhos e a frieza dos meus pesadelos!
- Ensina-me a perdoar…e a saber viver desse perdão!
- Ajuda-me a chorar…e o meu olhar lavado, se torne mais vivo, até chegar à alegria e ao riso!
- Vivo? Do verbo viver? Sim! Do verbo Viver!
- Ouço a cadência rítmica de” KITARO”… vibra em todo o meu ser e não esqueço os que me amam, nesta Terra que me foi oferecida, para VIVER!

Assim termino esta carta.

terça-feira, 1 de abril de 2008

TERCEIRA CARTA


Hoje é um outro dia; um dia diferente – talvez com mais esperança, ou alegria…menos pesado de nostalgia! Vamos analisar este dia!...


Ouvi falar da tua transformação;
Ouvi dizer do teu afecto por mim;

Ouvi o teu pensamento e apanhei-o no ar, nas asas do vento e soube dos limites do meu tempo. O vento sussurrou ao meu ouvido esse segredo. E não gostei, dessa verdade!

Ouvi, de ouvidos fechados pela própria natureza – ouvi, com todas as minhas dificuldades! Mas o vento que me conhece, contou o teu segredo e eu senti-te no som deste vento e soube…estiveste comigo!

Ouvi o canto de várias vozes e os ecos repercutiam-se à minha volta, longe de mim e voltavam várias vezes e diziam – eu estou aqui!
Ouvi o rouxinol Persa e das Índias no dizer de um poeta amigo – BULBUL – assim chamado pelo João Carlos Raposo Nunes….ouvi com este ouvido que tanta falta me faz e se perdeu no burburinho do mundo…
Mas ouvi a mudança da voz do vento e da minha própria voz, tornada num canto mais doce e maior a lembrar o BULBUL do Oriente.
Lembro o Oriente e o Poeta Fernando Pessoa – quando ele diz:

“Ao Oriente excessivo que eu nunca verei”…

Nostálgico e belo … Vem e Sê meu amigo!
E eu digo: interessa-me a Eternidade à qual não posso fugir – mas acredita …
“Gosto de Viver” – não me tire esta ânsia e esta alegria …
Que eu sinto pela VIDA.