segunda-feira, 17 de setembro de 2018

EU

Eu olho sem saber quem sou
sem saber quem procuro
sem saber onde vou

E subo, como poeta que sou
ao Altar do Sacríficio
olho numa despedida a Via-Sacra
como a subida de um justo
na hora da partida

Vejo o submerso
onde tantos se debatem
e se prendem sem salvar
e desço uma vez única
para escrever meus versos
e dar a saber aquele que se perdeu
O caminho de regresso

Volto ao meu mundo
por eles e por ti meu amor

Almas perdidas, partidas
Num deserto de dor!


Maria Luísa Adães



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5 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Sentimento profundo!! Amei!

A lacuna na inspiração
Beijos e uma excelente semana.

Josélia Micael disse...

A dor da perda é muito difícil suportar amiga!
Beijinho no 💖

Larissa Santos disse...

Lindo demais :))

Bjos
Votos de uma boa noite

Roselia Bezerra disse...

Boa tardinha, querida Maria Luísa!
você é uma poeta de alma e consegue espremer a dor em forma de versos.
Deus te abençoe muito, amiga!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem

Maria João Brito de Sousa disse...

Não me entendo com o Google+, mas compreendi que, a determinada altura, tiveste dificuldade em voltar a poder publicar aqui, no teu blog, Maria Luísa. Felizmente conseguiste reaver os teus dados.

Leio-te sempre muito atentamente e a tua poética continua a ser fascinante.

Um grande abraço, minha amiga.