quarta-feira, 23 de junho de 2010

TEMPO

O tempo corre
Os relógios não param,
O tempo corre apressado
Que mal lhe fiz no meu passado?

O tempo se escoa,
Pelos buracos do chão
E os erros são repetidos
E os poetas esmagados,
Com esses erros.

Eu fugi da turba
De mãos dadas com meu amor,
Fugi ao clamor da turba
Que se comprimia
Numa procura
De quem não sabia,                                                               
A razão da procura.

Espero,
Quando o tempo
Voltar a ser tempo
E possamos voar.

E fugir à turba
Que continua a clamar.

Tu sabes que eu parti
Noite morta,
Numa procissão de sombras
Dos que vivem
 Dos que já morreram.

Eu era a imagem da vida,
Ainda sou essa imagem
E continuo de mãos dadas
Contigo, meu amor.

Os remos batem nas águas
E nos levam pela noite
Ao sabor da maré,
A um outro horizonte.


Maria Luísa

20 comentários:

Agulheta disse...

Maria Luísa.Hoje sou a primeira a comentar,dizem que eu dou sorte! Será,espero que tenhas muitas visitas é meu desejo.A minha forma de estar é transparente e não tenho inveja nem ando em competição com ninguém.O tempo é fundamental para qualquer coisa,para amar,viver, e sentir a vida em todo o seu explendor,sei que nem todos partilham deste sentir,mas como seria bom que assim fosse.Querida amiga,aqui ou noutro lado,te irei visitar sempre que o possa fazer,como deves ter reparado tenho estado ausente,e como o tempo está bom,aproveitamos para passear um pouco e viver a vida.Beijinho desta amiga que gosta muito de ti.Lisa

Vitor disse...

"Os remos que batem na água"...e que me trazem até aqui, e por aqui me encanto,com talento tanto,que o tempo para no tempo,sem que demos pelo tampo!

Bj*

Maria Luisa Adães disse...

Vitor

lindos versos tu fizeste com:

"os remos que batem na água"...

Gostei, por teres repetido a cadência das águas no tempo a contar.

Obrigada,

M: Luísa

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Maria João Brito de Sousa disse...

Ainda bem que me lembrei de vir ao 7degraus! Está excelente esta tua representação do Tempo! Excelente!
Eu lá consegui fazer um improviso sobre a minha cabeça que parece estar "em greve"... é um soneto cómico em que eu praticamente insulto a minha cabeça que anda "preguiçosa"...
O teu poema é generalista, segundo me parece. Este Tempo é o nosso tempo... o tempo que "corre apressado" e "se escoa pelos buracos do chão". Intemporal, também, muito embora focado sobre o tempo e a fuga à sua inevitabilidade. Mas esta minha cabeça está mesmo oca e eu não estou a conseguir dizer exactamente aquilo que queria...
Beijinho!

Maria Luisa Adães disse...

Mª. João

Apesar de essa cabeça não acreditar em certas verdades,
quando interpreta poemas é um
prodigio difícil de alcançar.

É exactamente isso que dizes que eu
estou a dizer no poema.

O "Tempo" é na generalidade,
aquele tempo que vivemos
que se escoa rápido.
~
Eu só estou metida no poema porque faço parte de "Tempo", mas não é
apenas o meu tempo, mas o tempo de Todos.

Parabéns, acertaste em pleno.

Agradeço a luz que te ilumina
quando escreves, Poeta.

Beijos,

M. Luísa

Ana Casanova disse...

Olá Mª Luisa,
mais um lindo poema que fala de um tempo que nos falta principalmente para fazermos o que mais gostamos.
Tornamo-nos escravos do Tempo!
Gostaria de fazer uma observação ao comentário do MC que refere o facto das pessoas não entenderem do que falam os seus poemas ou de não a entenderem a si.
Acho que acontece com todos nós que escrevemos, acontece com quem pinta...
Como sabe a minha escrita é extremamente simples e ´penso eu que muito fácil de entender e por vezes noto que uma ou outra pessoa não "chega lá".
No entanto e desde que publiquei o meu primeiro livro, tive ainda mais noção disso, é tão dificil escrever poesia ou colocá-la no mercado porque dizem as livrarias que não se lê, que eu fico feliz com toda a gente que me visita e comenta.
Demonstram uma vontade que já não existe em muitos e devemos estimular.
Um beijinho, Ana.

Maria Luisa Adães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mirtes disse...

Olá Maria Luiza,

Com certeza não quis fazer nehuma apologia ao racista e ditador alemão Hitler, conheço sua história e tenho repulsa ao pensar em suas atrocidade. Minha intenção foi reproduzir na íntegra um discurso criado pelo publicitário fundador do IG e das agências DM9 e África) como paraninfo de uma turma de formandos da FAAP. Sr. Nizan Guanes. Sinto muito que em seu discurso postado por mim haja sitações desagradaveis que a deixaram chocada, não foi minha intenção acredite... De qualquer forma obrigada pela opinião valiosa que me passaste.

Beijos
Mirtes

E.T. Como sempre lindo seu poema, o tempo nos dar esperança....

Maria Luisa Adães disse...

Mirtes

Agradeço a compreensão humanista
da tua parte, em relação ao meu reparo.

Um abraço,

Maria luísa

beites disse...

um outro horizonte

que escarrapachados à beira mar
atiramos pedritas às ondas
ao eterno ondear
eternos amantes de nunca parar

o cansaço às vezes pesa
junto-me às cinzas do teu pesar...

brinco
só agora consegui acabar um filme
daqueles de tanto por gosto
pois tudo encontro num rosto
de sereia...

gosto desse teu escrever
é como água cristalina beber
sempre que ao ler...

beijinhos e feliz fim de semana~_~

Ana Casanova disse...

Maria Luisa,
quero pedir-lhe que passe no meu blogue porque deixei lá um tipo de nota explicativa da situação.
Penso que entendeu a minha posição e ao ler o que escrevi, vai entender ainda melhor.
Foi com imenso prazer que recebi a sua visita e espero que me visite sempre e se aqui venho é exactamente porque gosto muito do que escreve. De outra forma não faria qualquer sentido não acha?
Eu respeito todo e qualquer tipo de opinião e participo em blogues de debate o que acho muito interessante mas não era o caso.
Aquele tipo de atitude apenas ia inibir as pessoas de comentarem o que era extremamente negativo.
Um beijinho e peço eu desculpas mas sou sempre directa e fi-lo com a melhor das intenções.

Mirtes disse...

Apenas corrigindo meu erro quando escrevo "Sitações" e não Citações.

Sorry... rsrs

Beijos

beites disse...

feliz fim de semana
no melhor que a gente tem..

bjocas(~_*)

Graça Pereira disse...

O Tempo...tem o tempo que nós queremos! Encarrega-se de gerir a aritmética da subtração mas tambem da soma, nas nossas vidas!
O Tempo ensina-nos que os sonhos são para viver HOJE...porque o reino do amanhã é um bosque demasiado incerto para fazer planos... O tempo dá sentido ao nosso passado e sabedoria para encarar o futuro.
Beijo amigo
Graça

Saozita disse...

Maria Luísa, boa noite ( e o tempo corre, já são 1h10, rsrsssss). Passei por aqui por indicação da nossa amiga Ana do "Anavision" e dei por merecido seguir a sugestão, pois adorei ler os teus poemas. E daí, este blogue vou ficar de olho.

"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"

Desejo-te um excelente fim de semana.

Bj
in: Canção de Cazuza " O Tempo não para"

Maria Luisa Adães disse...

São

Já estive no seu blogs a agradecer
e a visitá-lo.

Adorei encontrá-la, através de Ana,
poeta amiga.

Grata por suas palavras e junto minha voz à sua voz,

"O tempo não pára" e segundo os acontecimentos históricos -
"o Futuro repete o passado".

Só espero que as atrocidades do passado (foram muitas) não possam entrar no Futuro.

Com carinho,

Maria Luísa

Guy Rodrigues e Mariane disse...

Boa tarde a quem adoramos! como vai?
passamos para deichar umgrande beijo e forte abraço

Maria Luisa Adães disse...

Guy Rodrigues and Mariane

Obrigada pela lembrança.

Beijos para os dois,

Mª. Luísa

AC disse...

A percepção da hostilidade do mundo envolvente, a tentativa de preservação dum território de afectos...

Gostei!