Eles na primeira noite,
Se aproximam
E colhem uma flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem
Pisam as flores, matam o cão
E não dizemos nada.
Até que um dia,
O mais frágil deles, entra
Em nossa casa, rouba-nos a alma
E conhecendo nosso medo
Arrancanos a voz da garganta
E porque não dissemos nada
Já não podemos dizer nada!
Bertold Brecht
Se aproximam
E colhem uma flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem
Pisam as flores, matam o cão
E não dizemos nada.
Até que um dia,
O mais frágil deles, entra
Em nossa casa, rouba-nos a alma
E conhecendo nosso medo
Arrancanos a voz da garganta
E porque não dissemos nada
Já não podemos dizer nada!
Bertold Brecht