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Por detrás das cortinas
Há místicos escondidos
E disfarçados nos poemas.
Há luz quando a noite
Nunca mais termina.
Há clareiras que se abrem
Como um caminho incerto.
Há estrelas que se mostram
E não são verdadeiras.
Há neblinas que descem
Em horas incertas.
Há certezas
Que nada têm de verdade.
Há horizontes que se mostram
Aos olhos nublados.
Há esconderijos
Fechados a sete chaves.
Há um canto
Quando as palavras me faltam.
Há uma floresta
Que convida ao destino.
Há um disfarce
A cada bocado de folhas frias.
E a peça deixa de ser representada
E as cortinas se correm
E não deixam ver nada.
Quando Te leio
Sem saber nada de Ti
Sinto uma vontade forte
De perguntar - porquê?
Mesmo sem resposta
Te continuo a chamar
Em todos os recantos da Terra.
Ó Deus do meu pranto!